Guterres prossegue neste sábado sua visita às Bahamas, a onde chegou a véspera para expressar solidariedade e apoio depois do passo desse poderoso evento climático, difundiu o escritório de seu porta-voz.
O máximo representante de Nações Unidas reuniu-se a véspera com o premiê do archipiélago caribenho, Hubert Minnis, e discutiram sobre as formas em que o organismo multilateral pode apoiar na resposta de emergência.
Mas isto é só o começo e sem uma ação urgente, a alteração do clima só piorará, advertiu.
O pior impacto sentem-no os países com as emissões mais baixas de efeito invernadero, as Bahamas são um muito bom exemplo disso. Por isso, são as pessoas mais pobres e vulneráveis as que mais sofrem, lamentou.
Ademais, sublinhou o diplomata português, os eventos climáticos extremos atrapam aos países em um ciclo de desastres e dívidas.
Com respeito à atual situação nas Bahamas, Guterres destacou os esforços realizados para paliar as desastrosas consequências do passo de Dorian.
As agências humanitárias de Nações Unidas estão no terreno, apoiando os esforços do Governo, e espero que o clima me permita viajar em breve para ver o impacto por mim mesmo e avaliar que mais podemos fazer, assinalou.
Em algumas áreas do archipiélago, mais das três quartas partes de todos os edifícios têm sido destruídos, muitos hospitais estão em ruínas e as escolas se converteram em escombros, expressou.
Ante tal palco, agregou Guterres, milhares de pessoas nas Bahamas seguirão precisando ajuda com alimentos, água e refúgio.
Na sexta-feira, o secretário geral da ONU visitou a pessoas evacuadas das ilhas Grande Bahama e Ábaco, e também se reuniu com equipes humanitárias que apoiavam os esforços de recuperação.
Recentemente, formou-se uma nova tormenta tropical, nomeada Humberto, cuja possível trajetória ameaça às Bahamas.
Segundo os prognósticos, esse sistema se moverá ‘bem perto do noroeste de Bahamas’ ao longo do sábado.