Suzano, uma cidade dormitório da região metropolitana de São Paulo, A escola Estadual Raul Brasil, situada no município foi palco de um violento ataque com 10 mortos. Linwood, Nova Zelândia. Uma cidade tranquila em um país com um dos maiores IDHs de todo o planeta. Porém a tranquilidade durou pouco: 50 mortos em um massacre com direito a transmissão ao vivo no Facebook.
Duas tragédias em dois lugares distantes e diferentes. O elo de ligação? A banalização da vida humana.
No caso de Suzano, a violência pode ter sido causada pelo bullying sofrido pelos algozes que buscariam a vingança em seus atos. Do outro lado do continente, na Nova Zelândia, o motivo é claro: xenofobia.
A violência exacerbada dos dois episódios é só a superfície de um mundo que cultua o ódio e as armas como solução para conflitos.
Vamos centrar nossa breve reflexão nas escolas. Um lugar que deve formar para a vida em sociedade. Tal pressuposto tem como núcleo central a diversidade, pois a sociedade é diversa.
A xenofobia e o bullying são comportamentos de pessoas que não sabem lidar com o outro. Que desumanizam o outro por ser diferente.
Precisamos criar espaços que acolham e saibam lidar com as diferenças, uma educação humanizadora. Obviamente haverá atritos e tensões, que são inerentes do ambiente escolar. Isso significa um maior acompanhamento dos alunos, uma maior preocupação com suas emoções.
Em Pernambuco existe o projeto Não Violência nas Escolas, que visa justamente lidar com tais tensões e dilemas educacionais. É um dos exemplos das boas iniciativas existentes para lidar com o problema da intolerância e da violência. Os discentes são incentivados a lidar com seus problemas na base do diálogo, da comunicação. Quando alguém não consegue se expressar por palavras, uma das formas de se sentir ouvido é partir para a violência. Por conta disso que o projeto humanista é ótimo para criar mecanismos de comunicação não-violenta.