O curso foi promovido pela Comissão de Igualdade Racial do sindicato e faz parte da politica de combate ao racismo aprovada no sétimo congresso da categoria, em novembro de 2011
São Paulo – Há dez anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei 10. 639, que torna obrigatório o ensino da história africana em todo o país. Para formar multiplicadores da matéria, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou um curso sobre História da África, a importância da cultura africana na formação brasileira e o combate ao racismo. O curso terminou ontem (18) com mais de 600 formados. “O sindicato chama para si a responsabilidade de discutir o que é racismo”, disse o sociólogo Deivison Nkosi, à TVT.
Ele ressalta também o papel político que o sindicalismo tem. “O sindicato é um instrumento de luta, mas tem uma grande influencia para além da fábrica, eles influenciam no cotidiano do trabalho, mas eles têm grande influência política.”
O curso foi promovido pela Comissão de Igualdade Racial do sindicato. A formação faz parte da politica de combate ao racismo aprovada no sétimo congresso da categoria, em novembro de 2011. “É importante aprimorar nossos conhecimentos, mudando a página do Brasil, um país que foi escravocrata e reproduziu muito o que tem de pior na sociedade”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
A importância do debate sobre a cultura e história da população negra em espaços de formação, para além da escola, foi um dos pontos bastante discutidos. “Eu só fui me reconhecer como negro depois de adulto. Eu não tive acesso as informações que o curso esta proporcionando, na escola, nos espaços de formação, foi no espaço sindical acabei conhecendo”, afirma Paulo Prado, do Sindicato dos Trabalhadores das Autarquias de Fiscalização do Exercício Profissional e Entidades Coligadas do Estado de São Paulo (Sinsexpro).
por Redação RBA