Nações Unidas, 11 out (Prensa Latina) A equipe conjunta da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e da ONU que trabalha na Síria assegurou hoje que existem bons progressos na verificação de elementos aportados pelas autoridades locais.
Em uma nota de imprensa circulada aqui, precisaram que nos primeiros 10 dias de seus trabalhos no país árabe, além de checarem as informações entregues pelo Governo sobre as armas químicas, inspecionaram três locais e têm planos de ir para outros.
Durante sua gestão, o grupo de especialistas da OPAQ/ONU também supervisionaram a destruição de equipamentos e meios vinculados a esses artefatos, ações feitas por funcionários sírio com maçaricos, esmeris e outros instrumentos.
A equipe conjunta recorda que nas últimas horas chegaram à Síria mais inspetores da OPAQ e pessoal de apoio das Nações Unidas, até chegar a 60 a cifra que trabalha no terreno.
Recentemente, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, propôs ao Conselho de Segurança criar uma missão de 100 pessoas para garantir a destruição das armas químicas na nação árabe, onde um sangrento conflito enfrenta o Governo com rebeldes armados e financiados a partir do exterior.
O tema do uso de armas químicas na crise leva semanas em discussão, entre outras questões porque foi o argumento apontado pelos Estados Unidos para lançar uma intervenção militar na Síria, intenção bloqueada por uma iniciativa de Moscou de submeter esses artefatos ao controle internacional, à qual se somou Washington.
Dias após a aprovação de Damasco à proposta russa, o Conselho de Segurança da ONU aprovou – no dia 27 de setembro- uma resolução que estabelece a eliminação das armas químicas, a proibição de seu uso na crise interna e as facilidades para os especialistas encarregados de supervisionar o desmantelamento.
Os Estados Unidos mantém suas acusações contra o governo de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra a população, não tendo apresentado evidências.
Inspetores das Nações Unidas que trabalharam no território sírio para recopilar evidências sobre o tema, confirmaram o uso das substâncias letais, mas sem apontar nenhuma das partes em conflito.
Damasco assinala que os insurgentes utilizaram substâncias químicas durante as hostilidades, tese respaldada pela Rússia.