“É uma violação atroz das leis internacionais contra nós. Nosso barco não estava em águas israelenses, e nós estávamos em uma missão de direitos humanos para a Faixa de Gaza”, disse Cynthia McKinney, ex-congressista e candidata presidencial. “O Presidente Obama pediu recentemente que Israel permita a entrada no país de suprimentos humanitários e de reconstrução, e isso foi exatamente o que tentamos fazer. Estamos pedindo à comunidade internacional que exija nossa libertação para que possamos retomar nossa jornada.”
De acordo com um relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha divulgado no último dia 30 de junho, os palestinos que vivem em Gaza estão “em desespero”. Milhares de pessoas em Gaza, cujas casas foram destruídos durante o massacre israelense de dezembro/janeiro, ainda estão sem abrigo apesar da promessa de quase 4,5 bilhões de dólares em ajuda humanitária, porque Israel se recusa a permitir a entrada de cimento e outros materiais de construção na Faixa de Gaza. O relatório também informa que hospitais estão lutando para atender às necessidades dos pacientes apesar da interrupção do fornecimento de medicamentos provocada por Israel.
“A ajuda que estávamos levando é um símbolo de esperança para o povo de Gaza, esperança de que a rota do mar se abriria para eles, e eles poderiam transportar seu próprio material para começar a reconstruir as escolas, hospitais e milhares de casas destruídas durante o violento ataque de “Cast Lead”. Nossa missão é um gesto para as pessoas de Gaza, demonstrando que somos solidários a eles e que não estão sozinhos”, disse a passageira Mairead Maguire, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na Irlanda do Norte.
Antes de ser raptado por Israel, Huwaida Arraf, presidente do Movimento Gaza Livre (Free Gaza Movement) e coordenador desta viagem, afirmou que: “Ninguém poderia acreditar que o nosso pequeno barco represente qualquer tipo de ameaça a Israel. Levamos suprimentos médicos e material de construção, além de brinquedos para crianças. Nossos passageiros incluem um Prêmio Nobel da Paz e uma ex-congressista dos Estados Unidos. Nosso barco foi vistoriado e recebeu autorização de segurança por parte das autoridades portuária do Chipre antes de partirmos, e, em momento algum, nos aproximamos de águas israelenses.”
Arraf continuou, “o ataque deliberado e premeditado de Israel contra nosso barco desarmado é uma clara violação do direito internacional e nós exigimos nossa imediata e incondicional libertação”.
Para obter mais informações:
http://www.FreeGaza.org