O deputado eleito pela Frente Ampla Chilena, Tomás Hirsch, terminou em fevereiro sua viagem para fazer contato e aprofundar as relações com organizações e movimentos europeus. Ele encontrou em Paris o deputado Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, Alexis Corbière e Sabine Rubin; Em Madrid com o congressista do Podemos Pedro Arrojo, Ione Belarra, com o deputado Pablo Bustinduy, coordenador da Secretaria Internacional do Podemos e porta voz do grupo parlamentar Unidos Podemos no comitê de relações internacionais do Congresso. E em Barcelona com o primeiro Tinent d’Alcaldia, Gerardo Pisarello (Vice-prefeito) e alexandre Masllorens, chefe de gabinete, ambos de Barcelona em Comú, partido liderado pelo prefeito Ada Colau. Em sua viagem ele visitou Milão e Bruxelas. Ele conheceu diversas organizações populares chilenas por onde passou.
Hirsch conclui que “se trata de movimentos muito parecidos: extremamente jovens, que respondem de um mesmo modo a política tradicional, e que estão em plena construção. Eles estão um pouco mais avançados, já que começaram alguns anos antes que a gente, assim que vim para conhecer suas visões sobre o processo”, explica Hirsch sobre seus interesses com os diferentes representantes.
Desde a França, Jean-Luc Mélenchon lançou seu apoio para a América Latina: “Juntos poremos em cheque as pseudo-democracias deste continente, os processos dessa região são o espelho do francês. Devemos ser profissionais, sérios, trabalhar duro e não ficarmos apenas como uma nova força política”, argumentou o ex-candidato a presidente francês.
Em um apoio similar, Bustinduy se referiu com as seguintes palavras – ”temos a intenção de que não se repitam os mesmos erros que cometemos, na medida em que nossa experiência possa ser útil para eles. Será um prazer acompanhá-los”.
O diálogo com o deputado continuou sobre a formação de vínculos internacionais, as instituições como máquinas disolventes de época, a relação com movimentos sociais e especialmente a importância de demonstrar capacidade de gestão através de um trabalho profundamente sério e profissional. “Frente a uma aura de inocência e novidade, havia de se provar que tínhamos o mesmo nível de competência técnica”, conclui Bustinduy
Com o resto dos congressistas em Madrid, fora falado a respeito das distintas experiências de criar novas forças políticas em países com tradição bipartidarista. Foi destacado o interesse mútuo com relação a importância de fortalecer o vínculo com os movimentos políticos, com as organizações sociais.
Os dirigentes entraram em acordo no que tange um fortalecimento das relações entre a Frente Ampla Chilena e o Podemos Espanhol.
Ione Belarra, por sua vez, explicou – ”Somos novos no Congresso Espanhol e estamos concentrando os esforços em dois aspectos: Defendermos do ‘não são capazes’ com um trabalho sério e profissional; e tirar do Congresso para a rua e trabalhar em conjunto com as bases”
Em Barcelona Pisarrelo, deu seu apoio ao que ocorre politicamente no Chile com estas novas forças que estão engendrando novos processos políticos altamente inovadores e com a possibilidade de poder realizar uma mudança de rumo apesar das dificuldades. Assim mesmo deixou muito claro que é a alternativa para fazer frente a extrema direita.
A viagem permitiu estabelecer conexões e criar redes que podem prosperar no futuro. Que nas diferentes altitudes se possam fortalecer os poderes que lutam contra o neoliberalismo que tem dominado os últimos anos a nível mundial e que vê crescer uma extrema direita que leva a humanidade para as trevas. Porque é o momento de unir forças, aceitando a diversidade das mesmas em prol do todo, que fortalecido devolva para as pessoas sua capacidade próspera e defenda seus direitos básicos.