Em dezendas de capitais e também no interior foram realizadas manifestações de protesto e também de comemoração e solidariedade, como em São Paulo e no Rio que tiveram as tarifas reduzidas no dia anterior. Mesmo assim dezenas de milhares voltaram às ruas para comemorar e se solidarizar com as muitas outras cidades onde a ação da polícia continua sendo altamente violenta e os mínimos direitos não foram conquistados.
Para se ter uma ideia da grandiosidade das manifestações, apenas no dia de ontem 20/06 foram mais de 100 mil, no Rio e São Paulo, outras 100 mil em Recife, 40 mil em Salvador, 26 mil em Teresina, milhares em Fortaleza. Estamos contando apenas as capitais. E muita atividade houve também em cidades do interior como Ribeirão Preto onde as notícias afirmam que um motorista passou com o carro em cima dos manifestantes e matou um deles. A maior parte das manifestações tem se dirigido às sedes da Prefeitura, do Estado ou poder Legislativo. Muitas deles vem cortando rodovias ou avenidas importantes que dão acesso aos estádios nos jogos da Copa das Confederações.
O eixo central das manifestações tem sido o aumento das tarifas de transporte. Além disso pelo menos três grandes temas tem sido colocados nos cartazes e nas falas. Contra o alto gasto da Copa, por mais verbas na Saúde e na Educação e também denunciando a ampla manipulação da mídia tradicional. Nas redes sociais, tem enorme interação os vídeos que debocham de declarações de Pelé, Ronaldo e outros que ignorar os protestos e dar importância máxima ao futebol (a maneira da Ditadura na Copa de 70).
Também se vê manifestações contra a corrupção mas de forma seletiva, a maioria voltada a governantes ou membros do PT e são poupados os governos de direita do PSDB, DEM e outros.
Pelo menos em São Paulo, estas manifestações tem sido fruto de intensa discussão sobre a manipulação das massas pela mídia tradicional que quer aproveitar o estado de mobilização popular para jogar as pessoas contra os governos do PT e contra a esquerda em geral.