Na próxima quinta feira, no dia 25 /05, ocorrerá as eleições para os conselheiros da APEOSP. Um dos maiores sindicatos da América Latina, a organização de trabalhadores é uma força motriz na luta pelos direitos de toda a categoria. Sua luta se faz dentro e fora de sala de aula. A educação tem sido alvo de ataques do governo golpista de Michel Temer. Só a luta dos trabalhadores pode dar um basta nessa série de políticas que favorecem apenas os mesmos grupos dominantes.
A professora Roberta Santos de Andrade é educadora do Ciclo I e é candidata a conselheira regional. Acredita em uma mobilização docente pela base. A Pressenza buscou saber sobre sua candidatura e o que busca defender.
Pressenza – Como funcionam as eleições?
Roberta – Qualquer professor pode se candidatar em uma chapa com a qual tenha afinidade política. No dia dá eleição há diversas urnas itinerantes que passam nas diversas escolas acompanhadas por 1 representante de cada Chapa.
PT e PC do B formam o grupo da atual gestão, a chapa 1. A oposição é formada politicamente pelos partidos PSOL, PSTU. Com a união de dois grupos de oposição o bloco de oposição e a oposição alternativa. Houve a união para vencer a chapa 1, que é a da atual gestão.
Quando elas acontecerão?
R. – Dia 25 de Maio de 2017, em uma quinta feira.
Como os professores podem votar?
R. – Professores associados a APEOSP podem votam na escola. Os professores não associados devem procurar a filiação ao sindicato para estarem aptos a votar.
O que é o Movimento dos Educadores pela Base (MEOB)?
R. – No dia a dia, o grupo cresce. Tem como princípio a luta na base – o Conselho da escola, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio estudantil. Um dos princípios é de que todos os professores devem estar em sala de aula. No chão de giz, a luta deve ser organizada na escola a partir destas estâncias. é importante também ocupar o espaço do sindicato. A princípio o MEOB fazia parte da oposição alternativa. Porém, por divergências, o movimento optou por uma militância independente.
Como está sendo sua candidatura?
R. – A minha luta é na escola. Seria pra conselheiro regional, que é um compromisso para com a luta pela Educação Básica Pública. Porém eu me candidatei junto com outros colegas . [O conselheiro regional] Tem direito a voto na administração da subsede. milito desde 2008, na APEOSP 2012. Sou professora de Ciclo I.
Por que decidiu se candidatar?
R. – Por conta do movimento
O que gostaria de falar?
R. – ” Já dizia Paulo Freire: “Ser Educador e não lutar é uma contradição pedagógica! Não existe Educação neutra!”. Atualmente Terezinha Rios afirma que a educação possui as dimensões da técnica, estética, política e ética.’
O MEOB não tem um partido político. Pessoas de todos os partidos podem fazer parte.
Legenda – Professora Roberta junto aos seus alunos.