A tentativa de retomar as discussões sobre a soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos) é o tema principal das reuniões dos chanceleres da Argentina, do Uruguai, Peru e de Cuba, na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, por dois dias. Os ministros das Relações Exteriores, Héctor Timerman (Argentina), Luis Almagro (Uruguai e no exercício da presidência temporária do Mercosul), Bruno Rodríguez Parrilla (Cuba) e José Beraun Aranibar (Peru) têm reuniões hoje (25) e amanhã (26).
A soberania das Ilhas Malvinas é reivindicada por argentinos e britânicos. Atualmente as ilhas estão sob domínio do Reino Unido. A disputa foi acirrada em 1982 por uma guerra que provocou mortes dos dois lados. O assunto é tema prioritário da agenda internacional do governo da Argentina.
A delegação de chanceleres deve ser recebida hoje pelo presidente da comissão especial da ONU, o embaixador equatoriano Diego Morejon Pazmino. O encontro ocorre no momento em que o governo do Reino Unidos promoveu um referendo, no qual a maior parte dos cerca de 2 mil moradores das ilhas optou pela manutenção do status de território autônomo britânico.
Os chanceleres também têm reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no dia 26. Por várias vezes, o secretário defendeu a busca de diálogo entre argentinos e britânicos referindo-se à questão das Malvinas.
Em sua primeira audiência com o papa Francisco, no último dia 18, a presidenta Cristina Kirchner pediu a interferência dele nas negociações envolvendo as Ilhas Malvinas. Francisco é argentino e foi arcebispo de Buenos Aires.