O presidente da Bolívia, Evo Morales, recordou o líder bolivariano e disse que “está mais vivo que nunca” e que “a melhor maneira do recordá-lo é com unidade”.
Por sua vez, Morales manifestou-se “destroçado” pela morte de Chávez e pediu em La Paz ‘unidade e força’ ao povo de Venezuela.
“Dói, estamos destroçados’, afirmou Morales com a voz emocionada numa declaração de poucos minutos no Palácio Queimado de La Paz, em cujo hall emergiu rodeado de seu gabinete de ministros e líderes das forças sociais de Bolívia, de acordo à agência de notícias ABI.
Visivelmente consternado e pegando fôlego enquanto pronunciava suas palavras, o mandatário indígena, que assinou um decreto declarando luto nacional por sete dias na Bolívia sem suspensão de atividades, recordou Chávez como “meu irmão solidário, colega revolucionário latino-americano que lutou por sua pátria, pela pátria grande de Simón Bolívar, um colega que deu toda sua vida pela libertação do povo venezuelano, do povo latino-americano”.
Vítima de uma doença terminal que lhe atacou em 2011, Chávez faleceu nesta terça-feira passada, às 16.25 venezuelanas aos 58 anos de idade.
Morales pediu ao povo venezuelano, como homenagem ao legado de Chávez, “força e coragem e mais unidade do que nunca”.
O mandatário boliviano disse que depois do desaparecimento físico de Chávez, o processo venezuelano, que decolou em 1998, ‘deve continuar’.
“Sentimos que Chávez está mais vivo que nunca”, agregou.
Diversas organizações sociais, sindicatos, organizações, membros da Assembleia Legislativa Plurinacional e autoridades do Executivo boliviano receberam comovidos o anúncio da morte de Chávez, consignou a Agência Boliviana de Informação.
“Hoje se foi um verdadeiro amigo da Bolívia, um Presidente amigo que pôs o ombro quiçá quando mais precisávamos, um Presidente que amou esta pátria boliviana, desde o começo” afirmou o deputado do Movimento Ao Socialismo (MAS), Héctor Arce, resumindo o sentimento de milhares de bolivianos.