Amã, 23 jan (Prensa Latina) Os votantes jordanianos começaram a sair às urnas e eleger os 150 membros da Câmara de Deputados em umas eleições boicotadas pelos partidos islâmicos e de esquerda, que exigem reformas democráticas.
Pela primeira vez as eleições do reino jordaniano foram organizadas por uma Comissão Eleitoral Independente, diferente das 16 anteriores que foram responsabilidade do Ministério de Interior. Essa é uma das reformas introduzidas pelo rei Abdallah II, que seus opositores consideram insuficientes.
As eleições acontecem com um clima de crescente tensão criado por contínuas manifestações contra a reforma da lei eleitoral, que limitou o número de candidaturas por eleição.
Outra causa de críticas é o anunciado aumento do preço dos combustíveis, decretado pelo gabinete provisório do premiê Abdallah Ensur frente ao crescente déficit orçamental.
Das três milhões 500 pessoas com direito ao voto, inscreveram-se duas milhões 700 mil, segundo dados da agência de notícias oficial Petra. A mesma agência informa que 606 candidatos, 105 deles mulheres, participam das eleições locais e 819, 61 mulheres, da nacional para as 150 cadeiras da câmara baixa.
O senado é escolhido pelo monarca, mais uma das razões de crítica dos opositores que exigem o voto universal para ambas instâncias.
Parte dos meios oficiais fez referência à presença de mais de sete mil observadores nacionais e estrangeiros durante a votação nos 45 colégios eleitorais instalados no país.
Para facilitar a assistência às urnas, as autoridades declararam feriado esta quarta-feira, véspera do feriado muçulmano pelo nascimento do profeta Maomé.