Nações Unidas, 19 dez (Prensa Latina) A Assembleia Geral das Nações Unidas voltou a patentizar o exíguo respaldo que tem hoje Israel na ONU com respeito aos temas relacionados ao conflito no Oriente Médio e a questão palestina.
O máximo órgão internacional aprovou na terça-feira por abrumadora maioria nove resoluções vinculadas a esses assuntos e em duas delas Israel ficou em sozinha na lacuna de votos contra.
Os outros sete documentos desfavoráveis a Tel Aviv adotados pelo plenário receberam o voto negativo de um sexteto integrado por Israel, Estados Unidos, Canadá, Micronesia, Ilhas Marshall e Palau, e em duas deles se agregaram Panamá e Austrália.
Israel ficou sozinho em um texto referido à assistência dos refugiados palestinos, aprovado por 170 votos a favor e oito abstenções (Estados Unidos, Canadá, Micronesia, Ilhas Marshall, Palau, Papúa Nova Guiné, Ruanda e Camerún).
Igual ocorreu em outro que trata sobre o Golán sírio ocupado, respaldado por 168 países, com 11 abstenções: Estados Unidos, Canadá, Ilhas Marshall, Palau, Micronesia, Papúa Nova Guiné, Ruanda, Tonga, Vanuatu, Camerún, Honduras.
O reduzido sexteto opôs-se às resoluções aprovadas sobre as pessoas deslocadas como resultado da guerra de 1967 e as hostilidades posteriores e a respeito do trabalho da agência da ONU para o socorro de emergência aos refugiados palestinos.
Também o fizeram nos textos relativos às propriedades dos refugiados palestinos e suas rendas e à aplicação da Convenção de Genebra sobre a proteção de civis em tempos de guerra nos territórios palestinos ocupados, incluído a oriental Jerusalém.
Os mesmos seis votaram contra outra resolução adversa a Israel sobre os assentamentos judeus nos territórios palestinos ocupados, incluída a oriental Jerusalém e o Golán sírio.
E também, com o agregado da Austrália e do Panamá, na oposição a dois documentos de condenação às práticas israelenses que afetam os direitos humanos do povo palestino e outros árabes dos territórios ocupados.
Há três semanas, a Assembleia Geral outorgou a Palestina a condição de Estado Observador da ONU por 138 votos a favor, nove contra (Estados Unidos, Israel, Canadá, Panamá, Palau, Ilhas Marshall, República Checa, Micronesia e Nauru) e 41 abstenções.