“A esperança é uma ação concreta, não uma ideia abstrata”
Os “Combatentes pela Paz” são um movimento popular binacional fundado em 2006 por antigos combatentes palestinianos e israelitas. O seu objetivo é pôr fim à violência e à ocupação israelita e promover uma solução pacífica e justa para o conflito israelo-palestiniano. O movimento assenta nos princípios da não-violência e do diálogo, na educação e na ação conjuntas para construir pontes entre as sociedades. Mostra que a cooperação é possível, mesmo num ambiente profundamente dividido, e dá-nos esperança por um futuro melhor.
Rana Salman, co-diretora da organização Combatentes pela Paz, esteve em Berlim para uma conferência e aproveitou o tempo para falar com a Pressenza. A entrevista foi conduzida por Reto Thumiger, da equipa editorial alemã, e por Vasco Esteves, da equipa editorial portuguesa.
Reto Thumiger: Os Combatentes pela Paz são um movimento de base fundado por antigos combatentes israelitas e palestinianos. Nos eventos, os membros da organização aparecem sempre em parelha, uma pessoa israelita e uma palestiniana, o que considero um conceito muito interessante. Reparei que a co-presidência atual é composta por duas mulheres, do que eu não estava necessariamente à espera…
Rana Salman: Entrei para o movimento há quatro anos. Nessa altura, havia muito poucas mulheres e o grupo era fortemente dominado por homens. A mudança deu-se lentamente, talvez mais por acaso. Mas houve uma abertura por parte dos ativistas, do comité de liderança e dos nossos co-fundadores para se dar mais espaço e protagonismo às mulheres.
Por exemplo, eu venho de um meio muito diferente do dos fundadores. Nunca fui combatente nem estive ativamente envolvida no ciclo da violência. Mas isso não significa que não tenha lugar num movimento que está empenhado nos princípios da não-violência e do humanismo. Pelo contrário, isso abriu portas para incluir pessoas de diferentes origens – não só antigos combatentes, mas também ativistas não-violentos, mulheres, jovens e objetores de consciência israelitas. Esta diversidade enriqueceu o nosso movimento.
Quando entrei para o movimento, muitas coisas eram improvisadas: Uma pequena sala em Telavive servia de espaço de trabalho e, na Cisjordânia, os ativistas reuniam-se localmente para planear as suas ações. Apesar dos escassos recursos, éramos movidos pela vontade de melhorar.
Com o tempo, o movimento começou a crescer e tornou-se claro que precisava de mais estrutura – não só como movimento, mas também em termos organizacionais. O que estávamos a fazer era incrivelmente importante, e cada vez havia mais pessoas que acreditavam no nosso trabalho e nos queriam apoiar. Foi nessa altura que se tornou necessário crescer, profissionalizar e contratar pessoal qualificado. Só assim poderíamos desenvolver programas, chegar a um público mais vasto e, em particular, envolver mais jovens de ambas as sociedades.
Foi exatamente nessa altura que entrei para a organização. Montámos um escritório em Beit Jala – basicamente começámos do zero a criar uma estrutura adequada à importância e à nova dimensão do nosso trabalho.
Vasco Esteves: Quando é que o movimento nasceu? E os Combatentes pela Paz registaram algum crescimento desde o início da atual guerra de Gaza?
O movimento foi fundado em 2006. Tivemos um crescimento sobretudo depois do início desta guerra. Um exemplo disso é o nosso trabalho no Vale do Jordão, onde asseguramos a proteção dos pastores. Os nossos ativistas, juntamente com uma coligação de organizações e indivíduos, acompanham os pastores para os proteger de ataques. Durante este processo, apercebemo-nos de que cada vez mais israelitas estavam interessados em aderir também, em aprender e participar.
Do lado palestiniano, por outro lado, há muito que é um desafio conseguir que os jovens adiram ao nosso movimento. Lançámos um programa educativo para jovens palestinianos com idades compreendidas entre os 18 e os 28 anos – um programa de seis meses concebido para receber 15 a 20 novos participantes por ano. Quando iniciámos o programa, há três anos, era extremamente difícil de encontrar um número suficiente de jovens. Ainda há muita resistência na sociedade palestiniana às iniciativas conjuntas e à cooperação com os israelitas. Muitas pessoas desconfiam ou sentem-se pouco à vontade em espaços partilhados.
Depois de 7 de Outubro, tivemos de suspender o programa durante alguns meses por razões de segurança – devido aos bloqueios de estradas, às restrições de circulação e ao perigo de violência por parte dos colonos. Os nossos participantes vêm de diferentes partes da Cisjordânia e não queríamos expô-los a perigos desnecessários, especialmente os jovens do sexo masculino, que são frequentemente alvo de violência militar.
Quando começámos a fazer publicidade para o grupo do ano seguinte, em Março passado, ficámos impressionados com a resposta: Candidataram-se 93 jovens palestinianos de toda a Cisjordânia. Foi um sinal de esperança. Desta vez, não fomos nós que os procurámos – foram eles que nos procuraram a nós! São curiosos, querem conhecer o outro lado da medalha, partilhar as suas histórias e dizer a sua verdade. Talvez vejam este espaço como uma plataforma para se juntarem, se expressarem e descobrirem novos caminhos.
Mas continua a ser perigoso. Desde o início da guerra, tem sido difícil, até para nós, exprimirmo-nos nas redes sociais. Pode ser muito perigoso o apenas gostar de um post. Há anos que os cidadãos palestinianos em Israel são silenciados. Já não partilham nem gostam de nada nas redes sociais, porque podem ser presos. Temos conhecimento de vários casos em que jovens foram detidos em postos de controlo: Os seus telemóveis eram revistados e, se tivessem fotografias sobre Gaza ou conversas críticas, eram detidos ou mesmo espancados. É um grande risco.
“Sem inclusão, os processos de paz falham”
RT: Também fiz esta pergunta no início porque as mulheres têm desempenhado um papel central em muitos processos de paz em todo o mundo. Sem a participação das mulheres, estes processos não se teriam concretizado.
Para que os processos de paz sejam verdadeiramente eficazes e sustentáveis, têm de incluir diferentes vozes e interesses. Muitas vezes, estes processos falham porque os grupos marginalizados da sociedade permanecem excluídos – mulheres, jovens, enfim todos aqueles que normalmente não têm lugar à mesa das negociações. Esta é uma das principais razões pelas quais muitas iniciativas de paz não funcionam. É por isso que estamos sempre a falar de inclusão: todos devem fazer parte do processo.
A investigação e a experiência de conflitos anteriores mostram claramente como é crucial o papel das mulheres. Muitas vezes, elas negociaram com êxito cessar-fogos, participaram em negociações e contribuíram para a reconciliação. As mulheres representam uma grande parte da sociedade, de ambos os lados do conflito, e também educam a próxima geração. Por isso, o seu papel não é apenas importante – é indispensável. Não se as pode simplesmente ignorar ou tirar da equação.
O que também vemos é que muitos processos de paz ignoram completamente os aspectos humanos que as mulheres frequentemente trazem para a mesa. Raramente se trata de empatia ou de reconciliação – em vez disso, as negociações mantêm-se frequentemente a um nível puramente técnico: declarações, assinaturas, acordos formais. Mas as mulheres trazem uma profundidade diferente: Como irmãs, filhas, mães – elas preocupam-se, têm empatia, conseguem compreender a dor, o sofrimento e a tristeza das mulheres do outro lado. Esta abordagem humana acrescenta um valor inestimável a qualquer processo de paz.
Mesmo que um processo de paz conduza a um acordo ou a um cessar-fogo, permanece sempre a tarefa posterior de criar confiança, de construir pontes e de gerar reconciliação. É precisamente nestes domínios que as mulheres e a sociedade civil desempenham um papel crucial. Sem esse trabalho, é pouco provável que a paz perdure.
VE: Quais são as áreas mais importantes em que o movimento Combatentes pela Paz está ativo?
O nosso foco principal é sobre o trabalho no terreno, porque somos um movimento de base. Isto significa que estamos sempre presentes – seja em protestos, manifestações, ações não-violentas ou iniciativas de solidariedade. Já mencionei um exemplo, o acompanhamento de pastores no Vale do Jordão para os proteger da violência dos colonos e dos militares. Nos últimos dois meses, apoiámos famílias durante a colheita da azeitona, acompanhando-as às suas terras para que pudessem colher azeitonas em segurança.
Para além destas atividades, realizamos também programas educativos. Tal como referi anteriormente, os nossos programas destinam-se a jovens palestinianos e israelitas, que nos procuram para aprender algo sobre a resistência não-violenta, comunicação não-violenta e outros tópicos que muitas vezes não são abordados nas escolas. Chamamos a isto “educação alternativa” – trata-se de conhecer o outro e de contar a sua própria história. Para nós, esta é uma ferramenta poderosa para construir pontes. Foi assim que o nosso movimento começou: com reuniões em que as pessoas partilhavam as suas histórias e aprendiam a utilizar as redes sociais para divulgar as suas mensagens.
Outro objetivo é o trabalho educativo com os jovens israelitas antes de entrarem para o exército. Muitos deles nunca conheceram um palestiniano e crescem com estereótipos na cabeça: O outro é o simplesmente um inimigo, ponto final. Tentamos quebrar estas barreiras organizando encontros que lhes dão uma nova perspetiva. Felizmente, estamos a observar um fenómeno crescente em Israel: Cada vez há mais jovens que se recusam a servir no exército. Ainda recentemente, 130 soldados da reserva declararam publicamente a sua recusa em servir – até assinaram uma carta. Isto é novo, porque o serviço militar costumava ser uma atividade honrosa: As pessoas pensavam que estavam a defender o seu país. Mas, agora, há cada vez mais pessoas que se apercebem de que o exército israelita não está a defender ninguém, mas a cometer crimes de guerra. As pessoas passaram a ver a ocupação e os seus efeitos em primeira mão.
Vasco Esteves e Reto Thumiger, da Pressenza, e Rana Salman, codiretora dos Combatentes pela Paz (Foto: Pressenza)
Rana Salman, codiretora dos Combatentes pela Paz (Foto: Pressenza)
Também organizamos visitas guiadas para grupos israelitas e missões diplomáticas na Palestina e em Israel para mostrar como a ocupação afeta a vida das pessoas e como a violência dos colonos afeta os pastores e as comunidades. Ao fazê-lo, documentamos as violações dos direitos humanos para aumentarmos a consciencialização das pessoas.
Outra parte importante do nosso trabalho são as cerimónias anuais, como a comemoração conjunta israelo-palestiniana. Este dia é um dia sagrado em Israel, em que normalmente se recordam os soldados mortos. Mas nós fazemos isto de forma diferente: recordamos todas as vítimas do conflito – quer israelitas quer palestinianos. É claro que isto é controverso, porque estamos a mudar a narrativa. Em vez de enfatizarmos o papel da vítima ou a adoração do herói, tentamos humanizar o outro lado.
“A ocupação não traz mais segurança para ninguém”
RT: O objetivo é homenagear todas as vítimas deste conflito?
Não convidamos políticos ou representantes do governo para as nossas comemorações. Em vez disso, quem fala são as famílias enlutadas, as pessoas que perderam os seus entes queridos no conflito. A comemoração conjunta da Nakba, da expulsão dos palestinianos da sua terra em 1948, realizamos todos os anos no dia 15 de Maio. Comemoramos a Nakba abordando e lembrando os factos que ocorreram nessa altura.
Para a sociedade palestiniana, o dia 15 de Maio é um dia de luto – um dia em que recordam a sua expulsão, a perda, a ocupação. Na sociedade israelita, por outro lado, o tema da Nakba é um tabu, uma vez que o dia está ligado à fundação do Estado de Israel e à sua independência. É por isso que a nossa comemoração conjunta é um passo tão importante: É preciso reconhecermos o passado para podermos construir um futuro melhor.
Durante esta cerimónia, ouvimos as histórias de palestinianos e de israelitas, de refugiados que viveram os acontecimentos de 1948. Muitos deles ainda vivem atualmente em campos de refugiados. Estamos conscientes de que estes testemunhos se tornarão cada vez mais raros no futuro, uma vez que as testemunhas dessa época estão a envelhecer e a desaparecer. Mesmo os soldados israelitas que serviram em 1948 e que testemunharam os acontecimentos, poderão não continuar disponíveis durante muito mais tempo. Por isso, é ainda mais importante documentar e partilhar estas histórias agora, para que ambos os lados possam conhecer as histórias uns dos outros.
VE: Então o seu trabalho envolve não só medidas reativas, mas também iniciativas proativas?
Exatamente, é como um projeto de re-humanização. Especialmente agora, depois dos acontecimentos de Outubro de 2023, há do lado israelita uma profunda desconfiança e desumanização dos outros. Muitos só veem o “Hamas” ou o inimigo deles em Gaza, sem terem empatia pelas crianças ou pelo sofrimento das pessoas que lá vivem. Este distanciamento é causado pela dor e pelo trauma que foram vividos por ambas as partes.
Ambas as partes estão concentradas apenas na sua própria dor: Os israelitas, porque ainda têm reféns em Gaza e sofrem com a sua perda e o medo; E os palestinianos, porque são confrontados com as destruições, a deslocação das pessoas e a catástrofe humanitária. Este isolamento de parte a parte torna difícil ver o outro lado. Mas é exatamente aqui que nós entramos: Com o objetivo de construir pontes, de promover a empatia e de restaurar uma visão humana em ambos os lados.
“Porque o que foi possível na Europa não poderá ser possível aqui também?”
RT: Na Alemanha, existe frequentemente uma tensão entre a responsabilidade histórica face a Israel e o compromisso com os direitos humanos ao nível internacional. Como acha que a Alemanha deverá lidar com essa contradição? E que papel poderia desempenhar na construção de pontes e na contribuição ativa para a construção da paz na tua região?
Sei que o conflito entre Israel e a Palestina é um tema muito sensível na Alemanha – por causa da sua história, e talvez também por causa dos sentimentos de culpa. Não é fácil de mudarmos as nossas convicções, especialmente quando se trata de política governamental. Na Alemanha, parece haver um apoio quase incondicional a Israel, o que é frequentemente justificado com o direito à autodefesa e à proteção da existência de Israel. É claro que isso é legítimo, mas não significa que esse apoio deva ser incondicional. Há limites, especialmente quando os direitos humanos são violados – e penso que esse limite já foi ultrapassado há muito tempo por Israel.
É por isso que vejo uma espécie de divisão na Alemanha: muitas pessoas querem apoiar Israel, mas ao mesmo tempo sentem-se comprometidas com os direitos humanos. Isto leva a uma contradição. A Alemanha está num ponto em que tem de decidir como se quer posicionar: Espero que decida a favor dos direitos humanos internacionais.
Quando olho de longe para a Alemanha, vejo quer protestos pró-Palestina quer protestos pró-Israel: Ambas são narrativas que não nos levam a lado nenhum na região. Porque obrigam as pessoas a tomar partido em vez de construir pontes. Isto conduz frequentemente à desumanização do outro lado: Por exemplo, quando as pessoas afirmam que estão do lado de Israel ou da Palestina, ou quando utilizam slogans que podem ser ofensivos para o outro lado. Torna-se tudo uma competição para ver quem tem razão. Mas, numa altura como esta, no meio de uma guerra, isso não nos leva a lado nenhum.
O que precisamos de facto é de um apoio a soluções concretas pela paz. O fornecimento de armas, inclusivé de armas alemãs, apenas prolonga a guerra e alimenta a máquina de guerra. Em vez disso, deveriam ser canalizados mais fundos para os esforços de paz e para as negociações, a fim de reforçar a sociedade civil que trabalha na construção da paz. Isto poderia mudar a narrativa e a dinâmica do conflito. Enquanto a Alemanha e outros países continuarem a fornecer armas e recursos, a guerra continuará a ser uma opção – esta é a realidade.
“A Alemanha tem a oportunidade de assumir um papel mais proativo em prol da paz”
RT: Muitas pessoas na Alemanha estão profundamente comprometidas com a promessa de que uma guerra nunca mais deverá ser iniciada a partir do solo alemão. Para a maioria, isso inclui não apenas missões de combate, mas também o fornecimento de armas e qualquer forma de apoio logístico às guerras. Mas, perante os atuais desenvolvimentos políticos a nível mundial, muitas pessoas empenhadas pela paz sentem-se frustradas e impotentes. Que palavras gostaria de dirigir a essas pessoas?
Para as pessoas na Alemanha que estão frustradas, eu diria: não percam a esperança! Nós não perdemos a esperança numa solução para a nossa região, porque sabemos que ela é possível. Não é nosso destino viver em conflito para sempre. A Europa demonstrou que a transformação é possível. Quem teria pensado, há algumas décadas, que países como a França e a Alemanha, outrora inimigos, seriam agora parceiros próximos e amigos? Porque é que isto não há-de ser possível também na nossa região?
Existe uma oportunidade. Mas precisamos que atores internacionais como a Alemanha assumam um papel mais pró-ativo. Por vezes, temos a sensação de que não o podemos fazer sozinhos, porque as potências internacionais têm uma influência tão forte no conflito. Talvez a Alemanha se retraia muitas vezes porque os EUA são o aliado mais importante de Israel. Mas é precisamente por isso que a Europa, e a Alemanha em particular, tem a oportunidade de adotar uma posição diferente e de criar um contrapeso.
RT: De onde vem a tua força, a fé e motivação? O que te inspira a fazer todos os dias o que fazes, a continuar a tua luta?
Não posso partilhar pormenores, mas uma das razões pelas quais estou aqui em Berlim é porque estou a trabalhar com um grupo de palestinianos e israelitas para mudar a realidade, criar novas possibilidades e defender a nossa visão comum de um futuro melhor. Encontros como este, com defensores da paz de ambos os lados, dão-me sempre esperança. Mesmo em casa, nos Combatentes pela Paz, retiro força do nosso trabalho: Quando nos reunimos e planeamos as próximas ações; Quando discutimos, e por vezes discordamos, mas não desistimos – como numa verdadeira comunidade binacional.
Em momentos como esses, apercebemo-nos de que a nossa visão é possível. Não se trata de um sonho, duma ilusão. É algo que está a acontecer agora, mesmo à frente dos nossos olhos.
RT: Se é possível a esse nível, porque não há-de ser também possível ao nível social?
Exatamente. Temos origens, crenças e perspetivas diferentes e, no entanto, trabalhamos juntos, sonhamos juntos, lutamos juntos – de forma não-violenta, claro. Estamos a lutar contra um sistema que não serve nem os palestinianos nem os israelitas. A ocupação não traz mais segurança para ninguém, nós sabemos isso. E através das experiências dos nossos fundadores, que estiveram anteriormente envolvidos em atos de violência, aprendemos que a violência apenas nos leva a permanecer presos no mesmo ciclo.
É por isso que temos de quebrar esse ciclo vicioso. Sabemos que só existe uma solução política para o nosso conflito. E temos de trabalhar em conjunto para criar um futuro melhor para todos. Para mim, a esperança não é uma ideia abstrata. É uma ação concreta, algo pelo qual temos de trabalhar para tornarmos a mudança possível.
Muito obrigado por esta entrevista tão interessante e cheia de esperança. Desejamos-te a continuação de muito sucesso na tua importante missão!
Tradução do alemão por Vasco Esteves para a PRESSENZA