Enquanto a Alemanha e o mundo comemorava o aniversário da queda do muro de Berlim, a Décima Cúpula dos Prêmios Nobel da Paz acontecia simultaneamente na capital da Alemanha. Este evento, com o tema “Derrubando novos muros por um mundo sem Violência”, reuniu Mikhail Gorbachev, Lech Walesa, F.W. De Klerk, Mairead Maguire, Muhammad Yunus entre outros nobel da paz.
Mikhael Gorbachev, Presidente da Cúpula, se referiu ao “muro invisível” que separa a Europa da Rússia, destacando que “somos parte da Grande Europa unida. Todavia há um temor com a Rússia; isto tem que mudar”.
Lech Walesa, ex-presidente da Polônia e líder do sindicato Solidaridad, expressou que “é difícil construir um mundo baseado em meias verdades… Se as coisas não mudarem a futuro, necessitaremos novos mestres que nos ajudem a encontrar a verdade”.
Mais tarde, F. W. De Klerk, ex-presidente da República Sulafricana, aludiu ao informe de Estocolmo, que destaca que de 27 conflitos que há atualmente no mundo, 25 devem-se ao choque étnico e cultural dentro dos países. Resolver estes conflitos é um dos maiores desafios aos quais deve enfrentar a humanidade – argumentou De Klerk.
Por sua parte, Muhammad Yunus, criador do chamado Banco do Povo em Bangladesh, propôs como ponto de partida “o impossível” e colocou como exemplo que em 1989 ninguém imaginava na queda do muro Berlim; ninguém imaginava a internet, os celulares, os laptops… e hoje igualmente ninguém pode imaginar os muros que vão cair em nossas vidas”.
Mairead Maguire, que obteve o Prêmio Nobel por sua mediação entre protestantes e católicos na Irlanda do Norte, em resposta a uma pergunta sobre a necessidade de novas instituições para enfrentar as mudanças, disse que ”não importa como e quantas mudanças se façam nas instituições; se não mudar nossa mentalidade, não vamos mudar nada”.
No segundo dia, a Cúpula contou com o painel sobre a Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência, cujos representantes receberam a “Carta para um Mundo sem Violência”, com o objetivo de propagarem e pedir a adesão de dirigentes e instituições de todos os países por onde passar durante seu percurso.
Mario Rodríguez Cobos – conhecido por Silo- Pensador del Humanismo Universalista e inspirador desta Marcha, dissertou sobre as razões mais profundas desta Marcha Mundial.
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