A maioria dos principiais exportadores de armas do mundo – entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido, França e Alemanha – apoiou o processo proposto na ONU. A campanha Armas sob Controle, uma coligação de organizações não governamentais de mais de 100 países que promove a criação de um tratado internacional sobre o comércio de armas, expressou sua satisfação pelo grande avanço histórico e pediu a todos os Estados que negociem um tratado realmente eficaz.
“Durante muito tempo os governos deixaram que o fluxo de armas se descontrolasse causando dor, sofrimento e morte em algumas das regiões mais pobres do mundo. Com a morte de centenas de milhões de pessoas por causa da violência armada, as armas que caem em mãos de delinqüentes e pessoas que cometem abusos contra os direitos humanos destroem comunidades e meios de vida”, disse Anna Macdonald, da ONG Oxfam Internacional.
Durante os debates sobre a resolução, muitos países expressaram sua postura e sublinharam a necessidade de que o tratado estivesse baseado no direito internacional, incluso o direito internacional humanitário e dos direitos humanos.
“É fundamental que o mundo continue exercendo pressão sobre os governos para construir um Tratado forte que obrigue os países a regular as transferências internacionais de armas seguindo os princípios da Lei Internacional de Direitos Humanos e Lei Internacional Humanitária, o que reduzirá significativamente o custo humano da proliferação das armas convencionais”, aponta Heather Sutton, coordenadora de mobilização da área de controle de armas do Instituto “Sou da Paz”.
Houve Estados que se abstiveram: Arábia Saudita, Bahrein, Belarus, China, Cuba, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Índia, Irã, Kuwait, Líbia, Nicarágua, Paquistão, Catar, Rússia, Síria, Sudão e Venezuela, porem se prevê que todos tomem parte no processo. O único voto contra foi do Zimbábue.
Esse acordo é de extrema importância para o mundo, visto que a violência com armas de fogo cresce a cada dia na sociedade e principalmente nas comunidades carentes, essas que acabam construindo um dia a dia violento, cruel e sem perspectivas de vida. Atualmente não há nenhum tratado sobre o comércio de armas convencionais.