por André Araújo
Na esteira da recessão violenta que está batendo recordes de desemprego, parada de investimentos, lojas vazias, paralisia da indústria, surge o espantoso crescimento do lucro dos bancos EM PLENA CRISE.
No 2º Trimestre de 2015, terminado em junho passado, o Bradesco cresceu seu lucro em 16,36%, quando o PIB regride em quase 2%. O Itaú cresceu 16,98% e o Santander 18,59%.
Como se explica? A política de alta da taxa SELIC, pela qual são remunerados os depósitos compulsórios recolhidos no Banco Central é uma das explicações. PORQUE REMUNERAR O COMPULSÓRIO? O recolhimento em vez de uma correção do excesso de liquidez passa a ser um ótimo negócio para os bancos e um absurdo gasto para as finanças píblicas.
Considerando um base de R$ 400 bilhões no compulsório (oscila entre 360 e 400 bilhões) os bancos vão receber do BC R$ 55 e 58 bilhões de juros, pagos pela população brasileira.
Pior ainda, como o compulsório é muito bem remunerado, desestimula os bancos de emprestar à industria e ao comércio.
Para que correr riscos, se o BC, com risco zero, paga tanto?
Alguém viu o “maos de tesoura” Joaquim Levy tocar no assunto? Está aí uma despesa pública monumental.
Entre o juros do compulsório e o custo dos swaps cambiais que vê chegar a R$130 bilhões este ano, diferença entre o valor recebido em reais pela venda de dólares e o valor do dólar na hora da entrega, o BC vai custar ao Tesouro quase R$ 200 bilhões em 2015. E o Levy correndo atrás de quirelas na Educação, Saude e cortando quase todo o PAC.
É isso que dá Ministro da Fazenda empregado de banco.
Enquanto isso os esplendorosos lucros dos bancos são um INSULTO aos milhões de desempregados no Brasil.
Fonte: GGN – O Jornal de Todos os Brasis