MÚSICA

Por Marrom Glacê

Isabela Taviani lança seu novo hit, “Dois Babies e uma Casa de Campo”

Inspirada na rotina de amor que vive, a cantora e compositora revela que, embora sirva como resposta à tentativa de boicote ao casamento homoafetivo, a canção lançada no ano em que celebra 20 anos de carreira profissional não foi escrita nessa intenção: “Em 2018 eu já tinha o refrão pronto”.

Conhecida pelas canções românticas, plenas de paixões e encantos cantados em verso e prosa, Isabella Taviani volta seus olhos ao amor maduro e bem vivido em seu novo single, “Dois Babies e Uma Casa de Campo”. Enquanto circula pelo Brasil com o show que abre as celebrações pelos seus 20 anos de carreira, “Isabella Taviani: Voz e Violão”, a cantora e compositora lançou em todas as plataformas digitais no dia 24 de novembro. A música inédita vem ao encontro desta fase de celebração, e nasce já revestida pelo tom amoroso com o qual reveste boa parte de suas canções.

“Sendo bem honesta, acredito no amor. Mesmo. Acredito de verdade que a força de um amor é capaz de romper barreiras de tempo, gênero, idade, classe social, política, e criar conexões indestrutíveis! Uma canção de amor precisa ser honesta, simples assim. Aliás, as mais simples são as mais diretas.  Atingem as pessoas naquele lugar mais esperado”, reforça Isabella, que realiza o lançamento pouco mais de um ano depois de “Repito”, seu último single.

E a canção chega ao público justamente num momento em que políticos mal-intencionados tentam invalidar a oficialização das relações homoafetivas. Coincidências à parte, Isabella a considera, sim, uma resposta a tudo que vem acontecendo. “O refrão desta canção já estava pronto em 2018 e, na procura por material inédito nos meus arquivos, fiquei surpresa ao encontra-lo e decidi terminar a música. Quando eu olho minha família e vejo tanto amor e dedicação, me pergunto: por que não nos deixam viver em paz? Por que nossa construção de vida precisa sempre ser chancelada pelo Legislativo, como se eles fossem donos do certo e do errado?”, provoca.

Para Taviani, “Dois Babies e Uma Casa de Campo” não é uma canção política, muito menos questionadora. “Ela simplesmente fala sobre os planos de um casal e o que eles pensam sobre o amor, mas acaba nos fazendo pensar na razão pela qual se questiona a legalidade de uma relação homoafetiva como a da minha família, que é assim, cheia de luz”, pondera. Para quem acompanha a carreira da cantora ou mesmo já deu aquela olhadinha em suas redes sociais, a história da letra deve soar familiar.

“A inspiração é total da nossa vida! Myllena [Varginha, médica e cantora, esposa de Isabella] me fez sentir o que realmente é amar de verdade! Amor e dor só rimam, mas não precisam estar unidos. Amor é leveza e eu só fui descobrir isto agora, ao lado dela”, suspira Isabella, atestando as transformações trazidas pelos relacionamentos. “Quando nos conhecemos, ela desejava muito ter filhos, mas eu nunca tinha pensado nisso. Através do nosso encontro este desejo se fez presente em mim também”, revela a mãe dos gêmeos Estevão e Ignácio, de quatro anos.

Cenário da letra da música, a casa própria de campo ainda não chegou, mas isso não impede a fruição do amor em família. “As que temos são das nossas famílias e não nossas, mesmo! Ainda estamos na fase dos planos (risos)! Eu escrevo sobre o amor que vivi, vivo ou ainda sonho em viver. E me sinto realizada quando componho uma canção como esta porque entendo que sou verdadeira comigo, com o estilo musical que me fez chegar até aqui. Ainda me permito olhar para uma música assim, tão simples, e me enxergar nela como no início da minha carreira”, analisa, feliz e satisfeita, pelos desdobramentos de sua trajetória profissional.

Muito em breve novidades musicais chegarão, mas não tão consonantes com este lançamento. “Meus planos futuros são singles de climas, estilos e produtores diferentes a cada lançamento. Provavelmente o meu próximo, depois de ‘Dois Babies e Um Casa de Campo’, será algo mais pesado, denso, buscando aquela onda dramática que existe no meu som – e pela qual sou muito lembrada”, encerra.