MÚSICA
Por Renan Simões
Em 1968, Os Brasas lançaram seu único álbum, um marco ainda altamente subestimado da música brasileira. A banda, formada por Luiz Vagner, Anyres Rodrigues, Franco Scornavacca e Edson Aymay, também lançou uma série de singles altamente relevantes.
O registro inicia com A distância, uma excelente versão de Anyres, que também assina a igualmente excelente versão Que te faz sonhar linda garota; há muita sutileza e encanto no ar. Após a impressionante Beija-me agora, de Márcio Greyck e Fernando Adour, temos a primeira das cinco surpresas autorais do repertório: a abatida e emocionada declaração de Um dia falaremos de amor, de Renato de Oliveira, Luiz Vagner e Tom Gomes, faixa irmã do cover instrumental Tema sem nome.
As duas versões de Luiz Vagner, Quando o amor bater na porta e Ao partir encontrei meu amor, são muito bem sucedidas, especialmente a segunda, que também foi gravada pelo Renato e Seus Blue Caps no mesmo ano, em outra versão. Miseravelmente, Pancho Lopez é uma das músicas mais desgraçadas de toda nossa lista, mas passa até meio que desapercebida em meio às maravilhas autorais de Meu eterno amor e Sou triste por te amar, frutos da parceria de Luiz Vagner e Tom Gomes, que também assinam a agradável Benzinho não aperte.
Os Brasas, Os Brasas (1968), o ápice obscuro da Jovem Guarda! Ouça, desfrute, reflita, repasse: