POEMA

Por Luiza Machado

 

Não sei onde me escondi

Nem porque estou tão sem voz

Ou porque fui tão longe assim

Quando eu me perdi de mim?

 

Eu procurei demais pelo seu carinho, pelo seu abraço

Pela minha paz

Por músicas sobre nós, por máscaras confortáveis

Não, ninguém escreveu sobre canhões de vidro

Eu caminhei em falso, mergulhei no raso e segui meu caminho

Te deixo aí só

Ferido como eu encontrei

 

Eu me magoei

Se eu adivinho… já teria ido

Já teria corrido!

Mas eu errei, quis continuar

Colei seus cacos, sem saber que eram peças

Que você desmontaria mil vezes para eu remontar

Me levando sem pressa

Sem eu notar.