Afirmação foi feita por Edward Fitzgerald, um dos advogados de Assange, à corte de Londres; Casa Branca disse que acusação “é completamente fabricada, uma mentira completa”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu perdoar Julian Assange das 18 acusações que o ativista enfrenta em território norte-americano se o fundador do Wikileaks negasse o envolvimento da Rússia no vazamento de e-mails da direção do Partido Democrata durante a campanha presidencial das eleições de 2016.
A afirmação foi feita por Edward Fitzgerald, um dos advogados de Assange à corte de Londres nesta quarta-feira (19/02) a uma semana da abertura da audiência que decidirá se o ativista sueco deve ser extraditado para os EUA.
Segundo o magistrado, o ex-senador republicano Dana Rohrabacher visitou Assange em 2017, quando o fundador do Wikileaks estava asilado na embaixada do Equador no Reino Unido, para levar a proposta do presidente norte-americano.
Jennifer Robrinson, também advogada do ativista, disse que “o sr. Rohrabacher foi ver o sr. Assange e disse, por instruções do presidente, que ele ofereceria um perdão ou algum outro tipo de solução se o sr. Assange dissesse que a Rússia não tinha nada a ver com o vazamento do Comitê Nacional Democrata”.
Em 2016, às vésperas da Convenção Nacional do Partido Democrata, o Wikileaks divulgou cerca de 20 mil e-mails da direção do partido que evidenciavam estratégias do comitê central dos democratas para enfraquecer a campanha do senador Bernie Sanders em favor de Hillary Clinton, candidata nas presidenciais daquele ano.
Questionado sobre as declarações da defesa de Assange, a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que a afirmação “é completamente fabricada, uma mentira completa”.
“O presidente mal conhece Dana Rohrabacher, a não ser por ele ser um ex-congressista. Ele [Trump] nunca falou com Rohrabacher sobre esse assunto ou qualquer outro”, disse Grisham.