TEATRO
Por RoMa in Press
Primeira edição do festival celebra o teatro brasileiro no histórico espaço do Chapitô, no coração da cidade de Lisboa
O 1º Festival Internacional de Teatro Brasil no Chapitô apresenta a sua primeira edição de 11 de outubro a 03 de novembro de 2024, no espaço do Chapitô, em Lisboa. Com uma programação diversificada, a primeira edição do festival que celebrará o teatro brasileiro no histórico espaço do Chapitô, contará com 4 espetáculos teatrais num total de 12 apresentações, reunindo mais de 20 artistas e técnicos brasileiros. Com ingressos a 12 EUROS, o festival promove o acesso à rica herança cultural da língua portuguesa.
“O Festival Internacional de Teatro Brasil no Chapitô nasceu em novembro de 2023, após a realização em parceria com o Chapitô do monólogo MÃE DE SANTO, com a atriz Vilma Melo. A ideia de retomar a internacionalização levando artistas Brasileiros para Lisboa, Portugal, com uma programação de espetáculos Brasileiros e uma comitiva de mais de 10 artistas e técnicos brasileiros.” – cita o curador e diretor, Bruno Mariozz.
Realizado pela Palavra Z Produções Culturais, o festival tem como objetivo principal intensificar o intercâmbio entre os países de língua portuguesa, contribuindo para a consolidação das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e fomento cultural. Além disso, a comunidade Brasileira residente em Portugal poderá revisitar suas histórias através do teatro, projetando e fortalecendo o nosso idioma, se valendo das características comuns e diversas, agregando valores às suas histórias culturais e sociais. Esta cooperação fortalece o idioma comum, tornando todos os movimentos culturais relacionados ao tema de extrema importância.
“A realização do Festival de Teatro “Brasil no Chapitô” marca um capítulo importante para o teatro brasileiro, proporcionando uma interação significativa entre espetáculos nacionais e o cenário europeu. Este evento serve como uma grande vitrine, apresentando obras que celebram a diversidade brasileira em suas diversas formas: cultural, linguística e étnica. Através de espetáculos que abordam temas relevantes e contemporâneos, reforçando a importância de valorizar e promover a riqueza de nossa cultura além das fronteiras. Outro destaque importante da realização do festival é a promoção para o público brasileiro presente Lisboa-Portugal para se reencontrar com sua identidade e expressões artísticas do seu país”, declara OMINJARÊ, curador da Bahia.
A programação do festival contará com o protagonismo na acessibilidade, com a estreia internacional do espetáculo musical NOSSO LUGAR, escrito e protagonizado pela atriz e cantora deficiente visual Sara Bentes.
FICHA TÉCNICA:
Curadoria: Bruno Mariozz e Ominjarê
Direção Geral: Bruno Mariozz
Comunicação e Programação Visual: Rafael Prevot
Produção Executiva: Emanuele Sanuto e Ominjarê
Produção Administrativa: Juliana Fernandes
Produção Técnica: Cadu Pacheco
Assistente de produção: Marilene Ribeiro
Coordenação Financeira: Ingryd Cardozo
Coprodução: Ominjarê Produções Artísticas e Sanuto Produções
Realização: Palavra Z Produções Culturais e Chapitô
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL:
HAVERÁ
Classificação 12 anos
APRESENTAÇÕES: DE 11 A 13 DE OUTUBRO, 21h
É um grito de resistência, uma micro-revolução dentro de um corpo que se debate em busca de um desvio possível. O monólogo é delineado com metáforas que nos convidam a contemplar e atravessar uma janela aberta, a fim de direcionar forças na construção de um mundo mais gentil e humano. O espetáculo incorpora elementos que interconectam corpo, palavra e música para comunicar de maneira lírica e bem humorada conceitos fundamentais como autocuidado, escuta e autoestima. O público é convidado a contemplar as muitas contradições humanas, mergulhando em profundezas físicas e psicológicas, ao mesmo tempo que estabelece paralelos com as vastidões do mundo marinho. Uma ode a uma sociedade estruturalmente mais justa, que influencia e ativa uma escuta interna, onde os espectadores são convidados a repensar relações interpessoais e a relação com o ambiente, inspirando escolhas mais conscientes e promovendo um debate essencial sobre o futuro que desejamos construir.
NOSSO LUGAR
Classificação 12 anos
APRESENTAÇÕES: DE 18 A 20 DE OUTUBRO, 21h
Estreia internacional com a atriz Sara Bentes e Kiko do Vale.
Lorena encontrou Miguel em um sonho, e desde então se encontram todas as noites em sonhos, o único ambiente em que ela se sente livre e onde tudo é possível, inclusive enxergar. Lorena é cega, e vive uma vida sufocante que os outros planejaram para garantir sua proteção. Mas agora, com a presença luminosa de Miguel em suas noites, ela enxerga a necessidade de escrever sua própria história. Mas como ela vai se libertar da prisão que ajudou a construir em torno de si, ela ainda não sabe. E se Miguel é real ou apenas uma projeção de seu inconsciente, ela também não sabe. Tudo o que sabe é que sente um amor real e crescente, que a fortalece e encoraja a abrir a porta para a vida e encontrar seu lugar no mundo. Música, dança e circo conduzem essa história surpreendente de amor e de tantas nuances que colorem a complexa teia de emoções, conscientes e inconscientes, de qualquer ser humano.
ROSAS NEGRAS
Classificação: 14 anos
APRESENTAÇÕES: DE 25 A 27 DE OUTUBRO, às 21h
O solo cênico biográfico “Rosas Negras” da atriz Fabíola Nansurê, tem dramaturgia de Onisajé, direção de Diana Ramos e direção musical de Jarbas Bittencourt. “Rosas Negras”, é uma grande “MULHERAGEM” à mulher negra. Ele nasce da necessidade de trazer a público as dificuldades, lutas, vitórias e desafios do dia a dia dessas mulheres perante a sociedade. O espetáculo integra o projeto NATAS EM SOLOS – SEIS OLHARES SOBRE O MUNDO, aprovado pelo prêmio FUNARTE de teatro Myriam Muniz no ano de 2015. Resultado de uma pesquisa historiográfica feita pela atriz Fabíola Nansurê, ex-integrante do Núcleo Afro Brasileiro de Teatro de Alagoinhas. Promovendo uma atmosfera provocativa, intensa e ao mesmo tempo acolhedora, o espetáculo apresenta as dificuldades, lutas, vitórias e desafios presentes no cotidiano de mulheres negras, a partir da afirmação da sua autoestima. A intérprete-criadora, Fabíola Nansurê parte de sua pesquisa com mulheres negras de diferentes idades e áreas de atuação para a construção da narrativa que traz histórias de anônimas e famosas que se destacaram na luta contra o racismo e a violência contra a mulher. A intenção vai além de se posicionar perante as dores da mulher preta, que são muitas, nós celebramos a sua existência e abrimos um canal de diálogo através de espetáculo afirmativo, crítico e diverso como são as nossas Rosas Negras.
Premiações
O espetáculo foi premiado nas categorias de Melhor Espetáculo e Melhor Dramaturgia no 2° Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro em 2021 e indicado ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria “Espetáculo do Interior” no mesmo ano. Em 2023 recebeu a Premiação Artística Nacional PRETAS POTÊNCIAS, promovida pela Casa Preta Hub.
MÃE BAIANA
Classificação indicativa: 12 anos
APRESENTAÇÕES: DE 1º A 03 DE NOVEMBRO, às 21h
É o segundo espetáculo da trilogia MATRIARCAS, que tem como ponto de partida experiências da filósofa e doutora Helena Theodoro, afirmando o princípio feminino preto com todas as suas possibilidades de existir, conservar, transformar e melhorar o mundo. Em Mãe Baiana, assistimos ao encontro entre avó e neta, após sua filha/mãe perder o filho Brício, afogado na Beira de Praia em Maricá (história real de Helena vivida em 1981). O espetáculo, interpretado pelas atrizes Dja Martins e Luiza Loroza, e com direção do premiado Luiz Antonio Pilar (melhor direção – Prêmio Shell 2024) retrata o encontro dessas 2 gerações (presente/futuro, avó/neta), refletindo o tensionamento entre vida e morte. “Lembra que eu falei que enquanto a gente lembra, ele não morre? Tá na hora dele não morrer na gente.” – a partir desta fala da avó, as personagens vão até a cozinha da casa e mantém a memória deste menino viva, fazendo o que ele mais gostava: bala de coco. Relações familiares, afetos, memórias, receios e expectativas em relação à própria existência se entrelaçam, sob a perspectiva da cultura africana, por duas protagonistas pretas que se esforçam para superar o luto juntas. O cerne da peça é a ancestralidade.
SOBRE:
BRUNO MARIOZZ – PALAVRA Z PRODUÇÕES CULTURAIS
Formado em Produção e Política cultural pela Universidade Candido Mendes, e pós graduado no MBA da FGV- Fundação Getúlio Vargas, é diretor da empresa Palavra Z Produções Culturais, fundada em 2012, que atua principalmente nas artes cênicas, tendo projetos também na música e no carnaval do Rio de Janeiro. Com mais de 25 espetáculos no currículo, seus últimos projetos tiveram parceiros como CCBB, Oi Futuro, Eletrobrás e Porto Seguro. Entre seus trabalhos mais recentes estão os espetáculos LECI BRANDÃO – NA PALMA DA MÃO (2023), Mãe de Santo (2022), Mãe Baiana (2023) com direção de Luiz Antônio Pilar, MAKEDA – A RAINHA DA ARÁBIA FELIZ (2024), OS BRUZUNDANGAS (2024); Quando A Gente Ama (2019), musical com sambas de Arlindo Cruz; e Gabriel só quer ser ele mesmo, musical infantojuvenil escrito por Renata Mizrahi.
Em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil, realizou os espetáculos Cárcere (2018), idealizado e protagonizado por Vinícius Piedade; “Tudo o que há Flora” (2016-19), idealizado pela Nossa! Cia. de Atores e vencedor dos prêmios Botequim Cultural (Melhor Texto e Cenário) e Cenym 2016 (Melhor Cia de Teatro); Um Ensaio Sobre Amaro (2016), idealizado por Eduardo Rios e dirigido por Yael Karavan; Luas de Há Muitos Sóis, de Moncho Rodriguez; e a trilogia infantojuvenil Três Histórias De Amor Para Crianças, composta pelos musicais Vamos Comprar um Poeta (2019), Contos Partidos de Amor (2018-19) e A Gaiola (2016-19), todos dirigidos por Duda Maia e vencedores de mais de 20 prêmios. Atualmente vencedor dos prêmios APCA de São Paulo e vencedor do prêmio CBTIJ de teatro infantil com o espetáculo VAMOS COMPRAR UM POETA. Um dos pioneiros da campanha teatro online lançada em 15 de março com mais de 120 mil visualizações e mais de 50 espetáculos exibidos.
OMINJARÊ – OMINJARÊ PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
essencialmente ARTISTA, PRETO e de CANDOMBLÉ. Baiano com produtora sediada em Salvador-Bahia. Graduando no Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas, pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB CECULT / SANTO AMARO-BA (2020.1). Atuou como pesquisador de políticas culturais pelo Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC) durante o período de 2020 a 2024. No segundo semestre de 2023 ingressou na graduação sanduíche em Licenciatura em Animação e Produção Artística pelo Instituto Politécnico de Bragança em Portugal. OMINJARÊ é trabalhador da cultura no Brasil, fundador da OMINJARÊ PRODUÇÕES ARTÍSTICAS, uma produtora artística baiana independente atuante na construção de projetos artísticos cujas temáticas visam a promoção do protagonismo negro e do combate ao racismo. Atuante na área da Produção Cultural nas áreas de: Direção de Produção, Produção Artística, Produção Executiva e Pesquisa em Políticas Culturais. Suas ações concentram-se na produção, gestão e concepção de festivais de artes, intercâmbios culturais, espetáculos teatrais, exposições, lançamentos de livros, projetos audiovisuais e musicais. Dentre suas produções destacam-se os espetáculos: “Rosas Negras” e “Big Chop – Uma Ebó Feminegra” e os projetos: “Ipadê das Rosas Negras – Circulação nos Ilês das Ayabás”; “Traço Negro Expandido”, SAMBÚRBIO – O Samba do Subúrbio Ferroviário de Salvador e o “Repositório de Atrizes Negras Baianas”. Projetos que potencializam as narrativas e auxiliam na afirmação da identidade de artistas negros e negras da cena cultural baiana.
EMANUELE SANUTO – SANUTO PRODUÇÕES
É uma empresa de produção cultural com uma trajetória profissional com mais de uma década atuando no mercado da Economia Criativa. A Sanuto assina da Exposição “Orixás: Cultura e Evolução Elementos da Natureza”, da Exposição “OCEE Omolu a Cura”, o espetáculo “Boa Noite Moço! As Marias”, Diretora de Produção Executiva da Exposição “Rosto de Mulher”, co-produtora do filme “O Silêncio tem Rosto de Mulher”, palestrante do Programa de Enriquecimento Cultural e Social em Cultura e Cidadania, além de fazer parte do Conselho do Comitê de Relações Étnico-Raciais da Alicerce Educação e da Revista Raça. Sua missão é produzir a cultura em suas multilinguagens com produções que promovam a equidade racial por meio de uma produção cultural que gere alcance e impacto social.”
Temporada: de 11 de outubro a 03 de novembro de 2024
Dias e horário: de sexta a domingo, às 21h
Endereço: Costa do Castelo, n.º 1, 71149-079, Lisboa
Informações: (+351) 21885-5550 | mail@chapito.org
Ingressos: 12,00 € euros (inteira) e 6,00 € euros (meia)
Site: https://chapito.org/
Capacidade do Teatro: 70 lugares
*Vendas na bilheteria
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