TEATRO
Por Alessandra Costa
Revezando entre três narrativas que se passam no mesmo palco, mas em diferentes tempos, a obra “O Fim do Teatro” conta os conflitos de dois irmãos que herdam um teatro abandonado; a encenação da tragédia “Caim e Abel”; e os questionamentos de dois técnicos que lidam com os bastidores da produção teatral. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio, entre os dias 06 e 27 de junho, às quartas e quintas-feiras, às 19 horas, com sessão dupla dia 27 às 17h e 19h.
“O Fim do Teatro é um espetáculo patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Staff de Comunicação LTDA, 3 Comunicação e Participações LTDA, Binder Comunicação LTDA, Agência 3 Comunicação Integrada, Miguel Pinto Guimarães Arquitetura e Urbanismo, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.”
Escrito por Carolina Lavigne e André Sant’Anna, com direção de Marco André Nunes, e no elenco Jean Machado e Eduardo Speroni, “O Fim do Teatro” compila três histórias e oferecem uma reflexão múltipla sobre a natureza humana, a finalidade do teatro e o que poderia ser o seu fim. O projeto tem como objetivo promover reflexões lúdicas e profundas sobre os bastidores do teatro, as complexidades das relações familiares, as angústias do pensamento e os diferentes caminhos que podemos seguir com as nossas escolhas.
“O teatro se assemelha a algo vivo, orgânico, e talvez a melhor atitude à frente dele seja respeitar o seu próprio processo de gestação e desenvolvimento. Há três anos, quando criamos esse projeto, nosso desejo era fazer um espetáculo que abordasse o desmonte cultural que vivíamos até então. Claro, que com todas as mudanças que vivemos, políticas e cotidianas, o projeto ganhou novos contornos, e nesse novo caminho a palavra Fim ganhou uma outra conotação: a finalidade”, explica Eduardo Speroni, um dos idealizadores.
Com o emaranhado de notícias bombardeadas em todos os tipos de mídias – catástrofes naturais, guerras, assaltos, acidentes, preconceitos – muitas pessoas visam esvaziar suas mentes e parar de pensar como estratégia de sobrevivência social e busca pela felicidade.
“Exaltamos aqui a importância e força que o teatro tem, ao questionar, refletir e propor novos horizontes. A construção dessa peça se deu a partir das ideias de toda a equipe, ganhando vida própria, crescendo, buscando espaço, e se configurando numa obra coletiva, que contempla os desejos dos envolvidos. Viva a magia do teatro”, completa Jean Machado, também idealizador do espetáculo.
De acordo com a direção, o “Fim do Teatro” busca entrelaçar o real e a representação como a maior forma de se conectar com as angústias em um momento onde a humanidade foge de lidar com os verdadeiros problemas e opta por se livrar dos pensamentos, de decisões e até de certas pessoas. “É através desse paralelo que parte o projeto, ao colocar o teatro como um grande recipiente, uma mente fora do nosso corpo, capaz de espelhar a realidade vivida e suspendendo a racionalidade em favor da experimentação e do risco”, explica o diretor Marco André Nunes.
SINOPSE:
Um teatro onde três narrativas se entrelaçam: a de dois irmãos que herdam esse palco; a de funcionários do local, cujas mentes pulsantes refletem sobre o mundo contemporâneo; e a da encenação do clássico Caim e Abel. Juntas, essas histórias oferecem uma reflexão múltipla sobre a natureza humana, a finalidade do teatro e o que poderia ser o seu fim.
SERVIÇO:
Espetáculo O Fim do Teatro
De 06 a 27 de Junho – Quartas e Quintas às 19h
OBS: dia 27 com sessão dupla – às 17h e 19h
Dias 19/06 e 27/06 sessão com acessibilidade Libras. Dia 27 na sessão das 17h.
Classificação: 12 anos
Duração: 75 minutos
Lotação: 204 lugares
Local: Teatro Glauce Rocha
Endereço: Avenida Rio Branco 179, centro – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2220-0259
Ingressos na bilheteria: R$30 Inteira / R$15 Meia entrada (apenas dinheiro ou pix)
Venda online Sympla: R$30 Inteira / R$15 Meia entrada + taxas da plataforma
Carolina Lavigne (Dramaturgia)
Carolina Lavigne é dramaturga e roteirista. Formada em Artes Cênicas pela faculdade CAL e Roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro A Escuela Internacional de Cine y Televisión. Assinou a dramaturgia das peças: ONDE FICA A CURVA (2023), no Teatro Sesc Copacabana (sala multiuso) e no Teatro Domingos Oliveira; CUIDADO QUANDO FOR FALAR DE MIM(2021-2023), no Teatro Gláucio Gill e Sede das Cias; CARTAS DO BRASIL (2023), no Paço Imperial; ENTRE GRITOS DE VITÓRIA E DOR (2023), na Sala Lucélia Santos; FILHOS D’ MEDEA (2019), no Teatro Sesc Arena; PALAVRAS DE MULHERES (2020), online, contemplado pela lei Aldir Blanc; SEGREDO DE JUSTIÇA (2019), no Teatro Sesc Ginástico; VALA COMUM (2018), no espaço Casa da Tijuca, entre outras. É roteirista dos curtas: O BARBEIRO, exibido no Festival de Curta Cinema em 2016 e ELAS, exibido no Festival de Cinema Cine Música em 2014.
André Sant’Anna (Dramaturgia)
André Sant’Anna é músico, escritor, dramaturgo, roteirista de cinema, televisão e publicidade. Como dramaturgo, foi autor de textos para os espetáculos: “Sexo”, Companhia Pierrot Lunar; “Puzzle A”, “Puzzle B” e “Puzzle D”, dirigidos por Felipe Hirsch; “Todas as Possibilidades 1 e 2” e “Teresinha”, dirigidos por Bruno Siniscalchi; “bicho”, “Ajuste”, e o “O Brasil é Bom”, dirigidos por Georgette Fadel; “O Importado”, dirigido por Odilon Esteves; “Os Kavernistas do Terceiro Milênio”, dirigido por Luís Mármora; “PI – Panorâmica Insana”, dirigido por Bia Lessa; “Os Insensatos” e “Guerra em Iperoig”, com a Mundana Companhia de Teatro; “Eu para chegar aqui passei pela cidade de Havana”, atuação e direção Paula Klein.
Marco André Nunes (Direção e cenário)
Diretor de Teatro, fundou em 2005 Aquela Cia de Teatro onde desenvolve, ao lado de outros artistas, uma linguagem cênica própria. Em 2016 recebeu, como melhor diretor, os prêmios Shell, APTR, Cesgranrio e Questão de Crítica. Das suas encenações mais recentes destacam-se: “Outside : um musical noir” (2011) – que obteve 2 indicações ao Prêmio Shell , 5 ao prêmio APTR e 3 ao prêmio Questão de Crítica) – “Cara de Cavalo” (2012) – espetáculo indicado ao Prêmio Shell e com 4 indicações ao Prêmio Questão de Crítica – “A Porta da Frente”(2013), indicações ao Prêmio Shell e Cesgranrio, de Júlia Spadachini e “Edypop” (2014) – com 3 indicações ao Prêmio Questão de Crítica e 2 ao Prêmio Cesgranrio) – “Laio e Crísipo” e “Caranguejo Overdrive”- 4 indicações ao Prêmio Shell, 6 ao Prêmio APTR, 4 ao Prêmio Cesgranrio e 5 ao Prêmio Questão de Crítica. Em 2016 dirigiu “Laundromatic” para a segunda edição do Microteatro e “Mar de Ressaca”, um espetáculo de dança da Cia Impele. Estreou “Guanabara Canibal” no CCBB/RJ. Em 2023 estreou “Terra Desce”, no OI FUTURO FLAMENGO.
Jean Machado (Elenco e idealização)
Jean Machado é ator formado pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras e graduado em Artes Cênicas pela UniverCidade – Centro Universitário do Rio de Janeiro. No Teatro, atuou em algumas montagens nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elas: Jurassic Miusicol, texto e direção Xico Abreu (2010); Da Carta ao Pai – Ou tudo aquilo que eu queria te dizer, texto e direção Alessandra Gelio (2010/2015); bicho, texto de André Sant’Anna com direção de Georgette Fadel (2015/2017); “A Menina que veio do rio”, texto Julia Fovitzki, com direção de Paula Klein (2020/21); O Brasil é Bom, texto de André Sant’Anna com direção de Georgette Fadel (2022/23); “Todo” texto de André Sant’Anna e Rodrigo Arruda com direção de André Dale. Na televisão atuou na série Macho Man – Tv Globo, com direção de José Alvarenga Jr (2011).
Eduardo Speroni (Elenco e idealização)
Eduardo Speroni é um ator com ampla experiência no teatro, cinema e televisão. Seu trabalho mais recente na televisão foi o personagem Bebeto em O SÉTIMO GUARDIÃO (Rede Globo). Também participou das séries SOB PRESSÃO (Rede Globo) e IMPUROS (FOX). No teatro, tem como destaque os espetáculos: CARANGUEJO OVERDRIVE da Aquela Cia. de Teatro; BICHO e O BRASIL É BOM, com direção de Georgette Fadel e PURPLE DRIVE – esquete no 3º FESTU Rio, onde foi premiado como Melhor Ator. No cinema já fez diversos curtas e longas-metragens. Seu primeiro filme foi CLAUN, com direção de Felipe Bragança. Em 2016, atuou em B.O, direção de Pedro Cadore e Daniel Belmonte. Seus últimos filmes foram MACABRO, dirigido por Marcos Prado; ÁLBUM DE FAMÍLIA, dirigido por Daniel Belmonte; O MENSAGEIRO, dirigido por Lúcia Murat; e AUMENTA QUE É ROCK, dirigido por Tomás Portella
FICHA TÉCNICA:
Direção: Marco André Nunes
Texto: André Sant’Anna e Carolina Lavigne
Elenco: Eduardo Speroni e Jean Machado
Direção Musical: Pedro Nêgo
Assistente de Direção e Texto: Nicole Musafir
Cenário: Marcelo Marques e Marco André Nunes
Cenotécnico: Beto de Almeida
Figurino: Marcelo Marques
Costureira: Lucinha Martins
Iluminação: Felipe Lourenço
Operação de luz: Felipe Lourenço
Operação de Som e Músico: Pedro Nêgo
Design Gráfico: Mattheus Muros
Fotos: João Júlio Mello
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
Mídias Sociais: Denise Dambros
Intérprete de Libras: Gracielle de Menezes e Aparecida Silva
Produção Executiva: Quica Produções | Thaís Venitt e Thaís Cris
Assistente de Produtor Executivo: Thiago Monte
Assistente de Produção: Isadora Frucchi
Realização e Coordenação de Projeto: Belmonte Produções
Projeto contemplado no Programa Funarte Aberta
Mais informações sobre o espetáculo e o Programa Funarte Aberta: aqui, neste link
Sobre os espaços culturais da Fundação No Rio de Janeiro
Coordenação de Espaços Culturais – Diretoria de Projetos – Funarte: coec@funarte.gov.br