ARTES VISUAIS

Por CWeA Comunicação

 

Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, tem o prazer de convidar, no dia 29 de julho de 2023, de 11h às 13h, para o “Ateliê Aberto – Gira de Cipriano, carta para o futuro ancestral”, com o artista petropolitano, nascido em 1981. A atividade é gratuita, e integra “Um oceano para lavar as mãos”exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, que ficará em cartaz até o dia 17 de setembro de 2023. Os interessados devem se inscrever pelo email agendamentoccsq@sescrio.org.br.

 “O objetivo é convidar o participante a refletir desde a experiência do desenho, a qualidade sensível, para pensar o futuro ancestral”, explica. “Ateliê Aberto” com o artista Cipriano é um laboratório dinâmico onde se realizam as experiências da oralitura, a prática singular que o artista exerce, de desenhar e cantar. “De suas obras mais expressivas, aquelas que são pontos e cantos revelam ancestralidade e sensibilidade”, afirmam Marcelo Campos e Filipe Graciano, curadores de “Um oceano para lavar as mãos”. O traço de Cipriano é sua assinatura, a tensão única e exclusiva de sua mão de pintor-escritor; visível e sensível em tudo que desenha. Suas obras saúdam e celebram suas origens.

Cada participante poderá experimentar a imersão no mundo deste artista, conhecendo de perto seu processo criativo e experimentando seu método especial de desenhar o invisível no visível.

Artista, escritor, estudioso e pesquisador da africanidadeCipriano ocupa na exposição “Um oceano para lavar as mãos” uma área de 273 metros quadrados no Salão de Convenções do CCSQ, com um conjunto de 16 trabalhos em técnica mista sobre tecido de algodão ou lençol: “Oração subordinada” (2012), 150 x 84 cm; “Pronome reto” (2019), 140 x 120 cm; “Ao sabor das correntes” (2020), 216 x 114 cm; “Interjeição” (2020);  216 x 114 cm; “Gênero neutro” (2023), 241 x 193 cm; “Não me deixa à toa” (2020), 216 x 114 cm; “Nhá, que da lama veio que da lama fica” (2020),  212 x 200 cm; “Carta para Xangô” (2020), 220 x 197 cm; “Saravá Yofá” (2021),  194 x 190 cm; “É pras almas!” (2020), 220 x 197 cm; “Com licença Pai Antônio eu não vim lhe visitá!” (2021), 197 x 189 cm; “A fumaça vai, a fumaça vem Pai Joaquim de Angola tem mironga, tem!” (2022), 210 x 138 cm; “A fumaça vai, a fumaça vem Pai Joaquim de Angola tem mironga, tem! II” (2022), 210 x 138 cm; “Cambinda mostra quem é” (2021), 209 x 195 cm; e  “Corre gira” (2023), com 250 x 200 cm. Acompanha suas obras um áudio dele cantando pontos de umbanda.

Estão previstos mais dois Ateliês abertos com Cipriano, até o término da exposição, em 17 de setembro de 2023.

 

“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”

A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline MottaArjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa Tiago Sant’ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadradosdo Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de músicacinemateatro, literatura, atividades infantis, oficinas seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema.  A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador da história atlântica: escravidão e emancipação nas Américas, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral, formatadas como seminários, na Biblioteca.

O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que são feitas na Sala de Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão programadas seis oficinas, e a primeira delas, o Ateliê de Artista, com Cipriano, será feito também no dia 29 de julho.

Os curadores-gerais da exposição “Um oceano para lavar as mãos” destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

 SOBRE CIPRIANO

Cipriano nasceu em 1981, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Suas obras nos colocam diante de uma vitalidade e beleza que nos envolve, seja pelo trabalho minucioso da pesquisa, seja pela técnica aprimorada. Artista generoso, cria um diálogo profundo com o público, intensificando a comunicação, em um convite continuo de apreciação da arte e um exercício em nos escutarmos para que a arte seja uma extensão estética em nós.

Além de “Um oceano para lavar as mãos”, no Centro Cultural Sesc Quitandinha, Cipriano integra a exposição “Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro”, Sesc Belenzinho, em São Paulo, de 02 de agosto de 2023 a 28 de janeiro de 2024, e participou recentemente de “Navegar é preciso – Paisagens fluminenses”, na Casa França-Brasil, realizada entre maio e julho deste ano. Cipriano é membro do Museu da Memória Negra de Petrópolis, graduado em Letras pela Universidade Católica de Petrópolis, com o trabalho “A influência política em Angola no século XX na poesia de Antonio Agostinho Neto”. É mestrando em Educação na Universidade Federal de Juiz de Fora, pós-graduado em Metodologia do Ensino de Artes pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), licenciado em Letras pela Universidade Católica de Petrópolis. Participou de exposições coletivas e individuais em várias instituições, como a galeria de arte do SESC, galeria de arte da FASE, galeria de arte do Centro de Cultura Raul de Leoni, projeto Arte Garagem, entre outras. Publicou o artigo “Macumba pictórica”, na Revista Eletrônica Espaço Acadêmico, em nov/dez 2020.

SERVIÇO: Ateliê Aberto – Gira de Cipriano, carta para o futuro ancestral

29 de julho de 2023, das 11h às 13h

Centro Cultural Sesc Quitandinha

Entrada gratuita

Agendamento prévio: agendamentoccsq@sescrio.org.br.

Exposição “Um oceano para lavar as mãos”:

Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário até às 18h)

Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30 (conclusão do itinerário até as 18h)

Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados, das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)

Centro Cultural Sesc Quitandinha

Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis

Entrada gratuita

Assessor de Imprensa Sesc RJ – Wando Soares

+5521.98845.2931