As violações dos direitos humanos, inclusive o assassinato forçado, são profundamente tristes. A situação atual no Baluchistão é alarmante, pois o povo baluchês não está seguro.
Najma Baloch, filha de Dilsard Baloch, que era professora no distrito de Awaran, no Baluchistão, sentiu-se tragicamente compelida a cometer suicídio em vez de trabalhar para os militares paquistaneses. Ela sofreu meses de assédio de Noor Bakhsh, um sargento do governo que trabalhava para os militares paquistaneses. O papel de Noor Bakhsh é assediar e chantagear mulheres e homens balucheses para que trabalhem para os militares paquistaneses. Infelizmente, essa não é a primeira vez que as mulheres baluchesas são alvo dos militares paquistaneses.
No passado, testemunhamos vários casos de estupro e assassinato de mulheres baluchesas em diferentes cidades do Baluchistão pelos militares e seus facilitadores, como os esquadrões da morte. As pessoas protestaram contra as ações bárbaras e desumanas dos militares paquistaneses, mas ninguém foi preso até agora. Em 26 de maio de 2020, na cidade de Turbat, um esquadrão da morte patrocinado pelo Paquistão invadiu a casa de Malik Naaz Baloch, que foi martirizado durante o incidente. Sua filha, Bramsh Baloch, ficou ferida no ataque. Pessoas de várias cidades do Baluchistão saíram às ruas exigindo justiça para Malik Naaz Baloch e sua filha, mas, infelizmente, ninguém foi preso, deixando o povo do Baluchistão se sentindo desamparado e vulnerável.
Em 14 de junho de 2020, outra mulher do Baluchistão, chamada Kulsoom Baloch, foi morta por um esquadrão da morte patrocinado pelo Paquistão. Mais uma vez, o povo do Baluchistão protestou, mas não recebeu justiça porque as violações dos direitos humanos estavam sendo cometidas pelos militares paquistaneses, impossibilitando-os de fazer justiça.
Em 21 de setembro, Taj Bibi foi supostamente morta pelo Frontier Corps em Turbat. Ela foi baleada na testa dentro do carro em que viajava, antes mesmo de ter a chance de se apresentar no posto de controle. Há vários relatos semelhantes em que o exército paquistanês matou pessoas sem envolvimento em nenhum crime.
De acusações falsas a assassinatos forçados, a violação dos direitos humanos se tornou uma ocorrência diária no Baluchistão.
Em 17 de maio de 2022, Noor Jahan Baloch foi sequestrada à força pelo exército paquistanês em Hoshab, um vilarejo em Turbat. O exército paquistanês a acusou falsamente de ser uma terrorista, mas sua família rejeitou essas acusações. Mais uma vez, o povo do Baluchistão saiu às ruas em busca de justiça. Mais tarde, Noor Jahan Baloch foi libertada. Um incidente semelhante ocorreu com Mahal Baloch em 18 de fevereiro de 2023, quando os militares paquistaneses e o CTD a sequestraram à força na capital Quetta, no Baluchistão. Os militares a acusaram de possuir armas e munição. O público protestou mais uma vez contra esse ato desumano e a barbárie dos militares paquistaneses. A família negou todas as falsas acusações, e a Anistia Internacional condenou o sequestro forçado de Mahal Baloch. Após quatro meses, ela foi libertada sob fiança. É evidente que os militares paquistaneses estão sistematicamente atacando e genocidando a nação baluchesa usando várias táticas. A última vítima, a falecida Najma Baloch, também foi assassinada pelos militares paquistaneses.
Traduzido do inglês por Victor Hugo Cavalcanti Alves