MÚSICA

Por Renan Simões

 

Exogenesis (2012) foi produzido, composto, arranjado e interpretado por Eloy Fritsch, que nos presenteia com o que há de melhor na música para sintetizadores. No livreto do CD há inclusive um agradecimento do artista a Vangelis, Jean Michel Jarre, Rick Wakeman e Isao Tomita. As ilustrações inebriantes de Maciej Rebisz e Mirek Drozd são uma representação visual fiel do que ouvimos no álbum.

Gaia, uma evidente homenagem ao tema Hymn, de Vangelis, abre caminhos para um universo paralelo à nossa realidade. Neutron star é música espacial apoteótica e pop da melhor qualidade. Após a desimportante Sunshine, temos acesso à magnânima faixa título, constituída por quatro partes emocionantes, e com direito a uma série de elementos da new age que nos pegam de jeito. O misticismo toma conta de Mayan temple, e a sensação de liberdade melancólica permeia Far above the clouds. Ao final, temos bons momentos com Moonwalk e The immensity of the cosmic ocean, e outros nem tanto com The ice sea of Enceladus e New dawn.

Curiosamente, conheci o Eloy bem de vista na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde eu fiz meu mestrado e doutorado. Coincidentemente, em 2012, mesmo ano deste álbum, ele participou da banca do meu primeiro recital de mestrado, substituindo, de última hora, um membro que não pôde se fazer presente. Foi a única vez que conversei com ele, além dos cumprimentos de corredor, e só fui conhecer sua extensa produção artística anos depois.

Eloy Fritsch, Exogenesis, a new age em sua plenitude no século XXI! Ouça, desfrute, reflita, repasse: