ARTES VISUAIS

Por CWeA Comunicação

 

Um dos mais importantes percussionistas da música popular brasileira, integrante do lendário show “Doces Bárbaros”, com Gal Costa, Maria Bethania, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Djalma Corrêa também é um pesquisador de sonoridades africanas e afro-diaspóricas.  Fotografias e gravações de seu acervo permitirão ao público um mergulho em sua trajetória. Em homenagem aos seus 80 anos, e também em celebração ao Mês da Consciência Negra, haverá uma programação cultural, com atividades para todas as idades.

 

Museu do Pontal, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Abertura: 12 de novembro de 2022, a partir das 15h 

Entrada gratuita ou contribuição voluntária>
https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/

Patrocinador Estratégico: Lei de Incentivo à Cultura e

Instituto Cultural Vale

Patronos: BNDES, Itaú, Repsol Sinopec Brasil, 

Ternium e Prefeitura do Rio

Realização: IBRAM/Secretaria Especial da Cultura/Ministério do Turismo

 

Museu do Pontal inaugura no dia 12 de novembro de 2022, às 15h, a exposição “Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa”, que reúne fotografias e gravações do acervo do músico considerado um dos mais importantes percussionistas da música popular brasileira, e dá destaque ao seu precioso trabalho de pesquisa de sonoridades africanas e afro-diaspóricas.  A exposição é resultado do trabalho de preservação do Acervo Djalma Corrêa, desenvolvido nos últimos anos pelo próprio músico, junto com seu filho José Caetano Dable Corrêa, e Cecília de Mendonça, que faz seu doutorado sobre a trajetória e o acervo de Djalma. Ela assina a curadoria compartilhada da exposição, junto com Angela Mascelani Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal.

 Na abertura da exposição, às 15h, haverá uma conversa aberta com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa, suas ações de pesquisa e de preservação. Será debatido também o aprofundamento da Coleção de Culturas Populares, primeira coleção organizada do acervo por meio do projeto “Acervo Djalma Corrêa: Música e Cultura Afro-brasileira” (2019-2021), desenvolvido pela associação cultural Balafon com apoio do programa Rumos Itaú Cultural, que teve como foco principal a identificação, descrição e digitalização de parte do acervo do músico.

Após a roda de conversa, será exibido o registro audiovisual do show Candomblé 40, idealizado e produzido em 2017 por Roberto Barrucho, com pesquisa de Natália Grilo, em que Djalma Corrêa tocou com os músicos Rodrigo Maré e Thomas Harres para recriar temas gravados no disco gravado 40 anos, como cânticos rituais Ketu e de outras nações africanas que aqui chegaram, além de conduzir a criação da música espontânea.

DOCES BÁRBAROS, GILBERTO GIL E ÁFRICA

Djalma Corrêa nasceu em 1942, em Ouro Preto, Minas Gerais, e iniciou sua trajetória como baterista em Belo Horizonte. Ainda bem jovem seguiu para Salvador, onde criou o grupo Baiafro, que se propunha a fazer uma releitura contemporânea de temas da diáspora negra, que se tornou um conceito que acompanha Djalma em todas as suas experiências musicais. Outra marca de seu trabalho é a música espontânea, aquela feita de forma livre, sem regras, na troca e na escuta entre os músicos. Com sua riquíssima percussão, Djalma abriu novos caminhos e participou de centenas de gravações dos mais importantes nomes da música brasileira e internacional, e com Gil, Gal, Bethânia e Caetano integrou o espetáculo Doces Bárbaros. Dentre inúmeros festivais em que esteve presente, Djalma participou do II FESTAC (Festival de Arte e Cultura Negra), em Lagos, Nigéria, acompanhando Gilberto Gil. Entre janeiro e fevereiro de 1977, eles participaram e acompanharam a programação deste evento de grandes proporções, que recebeu cerca de 16 mil participantes, representando 56 nações africanas e países da Diáspora Africana. Foi uma experiência única, que possibilitou aos artistas brasileiros conhecer a música tradicional de diversos países africanos e também ter contato com sonoridades da África contemporânea, como a Juju Music e o Hi-Fi. 

Djalma fez muitos registros dos grupos que se apresentaram, e ainda das feiras de rua, da arte em muros e parques de Lagos. Alguns desses registros estão presentes na exposição, assim como parte da documentação de festas populares feitos no Brasil nos anos 1960 e 1970.  Nessa época, Djalma viajou por 11 estados das regiões Nordeste, Norte e Sul do país, registrando, em áudios, fotos e vídeos centenas de grupos tradicionais, festas populares e terreiros.

A exposição é parte de um projeto contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 

PROGRAMAÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA

  • Sábado, 12 de novembro

10h – Oficina de percussão ABC Toca, com Pedro Sayd

O percussionista, professor e arte educador Pedro Sayd apresenta aos participantes instrumentos como alfaia, agbe, timbal e agogô, passeando por ritmos brasileiros como coco e ijexá.

Classificação: a partir de 7 anos.

15h – Abertura da exposição “Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa” e Conversa com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa: pesquisa e ações de preservação. 

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

Classificação: livre

Capacidade: dez pessoas a cada vez.

As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas, que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre de acordo com o tema abordado no acervo. Durante a visita, os participantes são estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que utilizam para fazer suas esculturas.

12h e 17h – Baú de Brinquedos

Classificação: livre

Os arte-educadores do Museu do Pontal estimulam a criançada a conhecerem o Baú de Brinquedos Populares. Nesta iniciativa inédita, o público infantil brinca com ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês. As esculturas vistas nas exposições, especialmente na Brincares – brincadeiras e brincantes, enfocam várias dessas brincadeiras, e esta atividade promove um contato lúdico ao ar livre, na grande Praça-Jardim, na parte frontal do Museu. Em caso de chuva, a atividade acontece na Sala Multiuso.

  • Domingo, 13 de novembro

10h – Oficina de Congado com Mestre Boi 

Com 72 anos de vida e 65 de congado, Antônio Matias Celestino, o Mestre Boi, vem de Minas Gerais compartilhar saberes sobre manifestações populares. Ele também irá apresentar ritmos, rezas e cânticos do Congado Nossa Senhora do Rosário, que tem 133 anos de história, tradições e fé da comunidade quilombola no distrito mineiro de Airões.

Classificação: a partir de 10 anos.

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

 12h e 17h – Baú de Brinquedos

16h – Oficina de Cacuriá com Messias Freitas

O mestre de capoeira e pesquisador de danças de matriz africana Messias Freitas, fundador do Ponto de Cultura e Ação Local Vidigal Capoeira, ensina passos e coreografias do cacuriá, dança típica do Maranhão.

Classificação: Livre.

 

Serviço: Exposição “Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa” e programação cultural educativa do Mês da Consciência Negra

Abertura: 12 de novembro de 2022, a partir das 15h 

Museu do Pontal

Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP

22790-711[ao lado do condomínio Alphaville Residências]

Quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do horário de fechamento do Museu)

Ingressos pelo link https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/ – gratuitos ou com contribuição voluntária

O acesso aos espaços expositivos é limitado, e para maior segurança recomenda-se o agendamento prévio.

Canais digitais: 

Site: http://www.museudopontal.org.br/ 

Instagram: @museudopontal

Youtube: www.youtube.com/museudopontaloficial 

Facebook: @museudopontaloficial