Há 15 anos, a Pressenza tem desenvolvido um estilo de jornalismo nãoviolento, motivado pela necessidade urgente de tornar público um tipo diferente de informação: a que contribui com o bem-estar da sociedade, a de superação da violência como meio de resolver conflitos, e a de humanização de indivíduos, coletivos e nações inteiras cujas experiências de dor e sofrimento em diários não aparecem nas notícias das grandes mídias .
Inspirado na corrente de pensamento conhecida como Humanismo Universalista – desenvolvida pelo pensador e escritor argentino Silo – e ecoando e construindo com o trabalho do Jornalismo da Paz – desenvolvido durante décadas por pesquisadores como o sociólogo norueguês Johan Galtung e muitos outros – o jornalismo nãoviolento é uma forma de praticar a arte da comunicação que critica e denuncia fatores e eventos que geram dor e sofrimento em seres humanos, enquanto oferece a possibilidade de incluir elementos que abrem o caminho em direção a um futuro não violento para a humanidade em suas produções jornalísticas.
Começando pelo conceito do que nos define como seres humanos e da crítica aos princípios estabelecidos de “jornalismo objetivo”, o jornalismo nãoviolento é uma metodologia para humanizar a Terra que pode ser aplicada em qualquer meio de comunicação: de reportagem de notícias até entrevistas, artigos de opinião, reportagens fotográficas, comunicados de imprensa, mídias sociais e qualquer outro dentre a miríade de gêneros disponíveis para o comunicador.
Como uma coletiva global de voluntários, A Pressenza tem o prazer de oferecer a estudantes e praticantes de comunicação e jornalismo um período de 6 meses de prática profissional, durante o qual nossos editores experientes compartilharão suas experiências e técnicas de comunicação em uma série de oficinas em grupo e mentorias pessoais.
O curso terá início no começo de junho e seguirá até dezembro. É oferecido gratuitamente para qualquer um que possa se comprometer com o nível mínimo recomendado de 7 horas por semana, com a possibilidade de extensão caso tenha mais tempo disponível. Durante esse período, o trabalho dos participantes será publicado com suas próprias assinaturas, possibilitando a elaboração de um portfólio de trabalho. Ao final do curso, a Pressenza redigirá uma carta de recomendação para quaisquer futuros empregadores. O melhor trabalho será escolhido por nossa equipe de tradutores e traduzido em alguma das outras oito línguas, além do inglês, nas quais a Pressenza pública atualmente.
Como uma rede de voluntários não remunerados, a Pressenza oferece esse curso de forma gratuita, com a expectativa de que os participantes se sintam parte da grande família de comunicadores nãoviolentos, com quem eles contribuam com produções midiáticas esporadicamente no futuro, independentemente de onde suas carreiras os levarem.
Para participar do curso, por favor acesse o link para se cadastrar. Uma reunião introdutória ocorrerá em 17 de maio, às 13:00, horário de Londres. Caso esteja em uma zona temporal inconveniente, não deixe que isso o faça desistir. Faremos o nosso melhor para achar uma forma de incluí-lo.
Traduzido por Hélio Parente/Revisado por André H. Zambolli