ARTES VISUAIS

Por CWeA Comunicação

 

A exposição “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos”, sediada na Pinakotheke Cultural São Paulo de15 de novembro de 2021 a 15 de janeiro de 2022, foi escolhida como a melhor retrospectiva do ano pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em decisão da assembleia virtual ontem, 31 de janeiro.

Com curadoria de Max Perlingeiro, “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos” reuniu aproximadamente 100 obras da artista, entre pinturas, desenhos, gravuras, bichos, trepantes, obra mole, casulo, objetos relacionais, fotografias e documentos, em sua quase totalidade inéditas ao público brasileiro.

“A Pinakotheke se sente honrada por ter sido premiada com Lygia Clark, e estarmos juntos de grandes nomes como Rita Lee, Jaider Esbell e Tunga. A memória e o legado de Lygia seguem vivos por mais 100 anos”, diz Max Perlingeiro.

Pode ser encontrado nas principais livrarias do país e nas sedes da Pinakotheke Cultural em São Paulo e no Rio de Janeiro, e na Galeria Multiarte, em Fortaleza, o livro que acompanha a exposição.  “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos”é bilíngue (port/ingl), 316 páginas, 27cm x 21cm, com textos críticos inéditos, imagens e informações sobre as obras, uma seleção da correspondência pessoal entre Lygia e amigos artistas e intelectuais, e uma cronologia resumida atualizada, a publicação tem tiragem de 1.500 exemplares, e custa R$ 180.

O primeiro texto do livro é Some Latin Americans in Paris, escrito pelo teórico e historiador de arte Yve-Alain Bois (Constantine, Argélia, 1952), que conheceu Lygia Clark ainda nos anos 1960 em Paris, e se tornou seu amigo próximo. Depois de integrar por 15 anos o departamento de história da arte e arquitetura da Universidade Harvard, Yve-Alain Bois está no School of Historical Studies do Institute for Advanced Study, em Princeton, conhecido simplesmente como “Institute”, instituição lendária que promove e financia pesquisas, onde já estiveram cientistas como Albert Einstein e historiadores da arte como Erwin Panofsky.

“Pelas amplas janelas do MAM” e “Relato de um paciente” são textos escritos por Lula Wanderley em 2021 especialmente para a exposição.

A publicação traz também a íntegra inédita de uma entrevista dada por Lygia Clark a Matinas Suzuki Jr. e Luciano Figueiredo em 1986, de que só havia sido publicado um extrato no suplemento “Folhetim”, da “Folha de S. Paulo”, em 2 de março daquele ano. A partir de sua conferência “Catarse e Lygia Clark: o poder curativo da arte”, proferida em 1998, Marcio Doctors editou e atualizou o texto para o livro.

A exposição “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos” ficou em cartaz na Pinakotheke Cultural do Rio de Janeiro de 23 de agosto a 23 de outubro de 2021.