Com coragem, a categoria repudia, por meio dessa aprovação de paralisação por um período de 2h, a intransigência das empresas de jornais e revistas da capital que não avançam nas negociações, e querem realizar seus lucros às custas do arrocho salarial de seus trabalhadores. Esta afirmação se encontra no Twitter do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) (https://twitter.com/JornalistasSP). Mas, é claro que quando fazemos uma varredura nos meios de comunicação hegemônicos, não encontramos essa boa notícia.

Na rede social da entidade pode-se encontrar todas as inormações acerca dessa paralisação da catgoria. A decisão foi adotada em assembleia e votada pela maioria dos/das quase 200 jornalistas presentes à reunião que ocorreu virtualmente. De acordo com a própria entidade, esse número de participantes é “muito significativo”, salientando, inclusive,  que não caberia no auditório do sindicato, caso fosse presencial.

Ainda conforme o SJSP, a paralisação se dá porque as empresas/patrões de jornais e revistas da capital estão inflexíveis e não avançam nas negociações, pois “querem realizar seus lucros às custas do arrocho salarial de seus trabalhadores”. A entidade ressalta que a categoria ficou exposta durante a pandemia da Covid-19, sem parar em nenhum momento e que vem sofrendo prejuízos ocasionados, sobretudo, pela altíssima inflação, enquanto as empresas de comunicação gozam de isenções fiscais e distribuem lucros a acionistas.

O ideal é que essa paralisação se transformasse em uma greve. E que não ocorresse apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil. No entanto, já é um bom começo. Talvez esse seja um movimento que consiga adesões futuras, pois o setor que parece muito glamoroso para muita gente, na verdade padece as agruras da maioria da classe trabalhadora, diferentemente do que podem pensar alguns/algumas que se seduzem com aquilo que os William Bonner da vida fazem parecer que é a profissão de jornalista.