MÍDIA
Guwahati, 6 de outubro de 2021: A Press Emblem Campaign (PEC), uma ONG de direitos de mídia global, situada em Genebra, expressou sérias preocupações com a prisão do jornalista cambojano, Youn Chhiv, que não teve direito a um julgamento imparcial. A ONG solicitou ainda que o governo, liderado pelo primeiro-ministro Hun Sen, ajude o jornalista a defender sua posição durante o curso das ações legais.
Pode-se lembrar que o jornalista e dono do site Koh Kong Hot News, publicação em língua Khmer, foi condenado por incitação, sob várias cláusulas legais, pelo tribunal da província de Koh Kong, Camboja, no dia 30 de setembro de 2021. Dentro de apenas 72 horas da sua detenção, sob as leis criminais da nação do Sudeste Asiático, o proeminente jornalista foi sentenciado a um ano de prisão e a uma multa.
Alegaram que o jornalista teria publicado informações falsas sobre um problema de apropriação de terras, que envolvia um alto funcionário do governo. Uma grande área de terra sob a posse de produtores rurais teria sido alocada para este funcionário. Inicialmente, Youn Chhiv no dia 28 de setembro e, depois, compelido a escrever uma carta de desculpas à parte afetada.
O escritor também foi forçado a remover aquele post específico da sua plataforma digital. Mesmo assim, sob as draconianas leis de imprensa que atingem os jornalistas no exercício da sua profissão, Youn Chhiv foi condenado. Além disso, um processo final também foi iniciado para que ele pudesse ser preso de maneira arbitrária. Sem que lhe dessem a oportunidade de se defender legalmente, o tribunal foi rápido em pronunciar o veredito.
“Sabe-se que Youn Chhiv foi, por uma década, repetidamente, vítima de assédio moral, incluindo ameaças de morte feitas por elementos ocultos, por causa do seu trabalho profissional. O jornalismo não é um crime, e os jornalistas devem ter o direito de trabalhar em um ambiente livre e seguro. É hora de o governo cambojano assegurar a liberdade de imprensa caso, de alguma maneira, o país se considere como uma verdadeira democracia funcional”, afirmou Blaise Lempen, secretário-geral da PEC. (https://pressemblem.ch/)
O Camboja tem testemunhado um aumento na quantidade de meios de comunicação nos últimos anos. De acordo com as fontes governamentais, em Phnom Penh, o país de cerca de 16,7 milhões de habitantes possui quase 1000 canais de mídia, nos formatos tradicional, eletrônico e digital. Mas os jornalistas são vítimas frequentes de assédio quando tentam fazer relatos críticos das autoridades, comentou Nava Thakuria, representante da PEC no Sudeste Asiático, e concluiu que os jornalistas não devem ser vitimizados por exercerem seu trabalho genuíno.
Traduzido do inglês por Luísa de Lucca / Revisado por Graça Pinheiro