CULTURA
Por CWeA Cominucação
Aberto ao público no último dia 9 de outubro, o novo do Museu do Pontal, localizado próximo ao Bosque da Barra, oferece, além das obras e jogos interativos contidos nas exposições, uma extensa programação gratuita voltada para as crianças, aos sábados e domingos. São espetáculos de teatro de mamulengos, palhaços, contação de histórias e oficina de brinquedos com o artista Getúlio Damado, de Santa Teresa, conhecido pelos bondinhos de sucata. Visitantes também podem pegar brinquedos populares emprestados para se divertirem ao ar livre, na Praça-Jardim do Museu.
O Museu do Pontal, referência em arte popular brasileira, com reconhecimento da UNESCO, dedica às crianças sua intensa programação neste mês. Próximo ao Bosque da Barra, sua nova sede, aberta ao público no último dia 9, apresenta seis exposições, com um espaço de brincadeiras populares, um jogo interativo de danças brasileiras e obras de arte manipuláveis. Além disso, aos sábados e domingos há uma extensa programação gratuita dedicada ao público infantil, como espetáculos de teatro de mamulengos, palhaços, contação de histórias e oficina de brinquedos com o artista Getúlio Damado, de Santa Teresa, conhecido pelos bondinhos de sucata. As inscrições são gratuitas, feitas na recepção, e nas atividades com capacidade limitada vale o critério de ordem de chegada.
Uma iniciativa inédita, o Baú de Brinquedos Populares, permite que o público tenha acesso, gratuitamente, ao empréstimo de ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês, para que as crianças brinquem na Praça-Jardim do Museu. Várias dessas brincadeiras são objeto de esculturas vistas nas exposições, especialmente no setor Brincares – brincadeiras e brincantes, e a ideia é estimular o público a experimentá-las ao ar livre.
Sobre o novo Museu do Pontal
Instalado em um terreno de 14 mil metros quadrados, próximo ao Bosque da Barra e ao lado do condomínio Alphaville Residências, o Museu do Pontal possui dez mil metros quadrados de área verde, onde estão plantadas dezenas de milhares de mudas de 73 espécies nativas brasileiras. Esta inauguração é resultado de uma grande colaboração coletiva que envolveu mais de mil pessoas e empresas como BNDES, Instituto Cultural Vale, Itaú Cultural, entre outras, a partir da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. E ainda, especialmente, o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) e a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Referência internacional em arte popular brasileira, com mais de nove mil obras de 300 artistas – o maior acervo do gênero –, e de relevância reconhecida pela Unesco, o Museu do Pontal inaugura sua nova sede com o conjunto de seis exposições “Novos ares: Pontal reinventado”, que mostram a riqueza e a diversidade do Brasil, marcando este importante momento na história do Museu. A curadoria é de Angela Mascelani, diretora artística do Museu do Pontal, e de Lucas Van de Beuque, diretor executivo, com a colaboração da designer Roberta Barros e do arquiteto Raphael Secchin no desenho expositivo, pesquisa Moana Van de Beuquee coordenação de conteúdo de Fabiana Comparato.
PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA 16 e 17 de OUTUBRO
Com coordenação da arte-educadora Cecília Einsfeld, a programação deste fim de semana, em torno de uma hora de duração por cada atividade, é a seguinte:
BAÚ DE BRINQUEDOS POPULARES – Iniciativa inédita do Museu do Pontal, para promover o resgate de brincadeiras populares brasileiras, e realizada ao ar livre, para a integração com a natureza. Pensando na energia lúdica infantil, que se conecta com a variedade de cores, formas, texturas e movimentos que a arte popular e as manifestações populares brasileiras emanam, o Museu do Pontal disponibiliza para o público ioiôs, bilboquês, petecas, piões, bambolês, elásticos e cordas para pular, fantoches para criar histórias, e caixas de giz de lousa para marcar amarelinha no chão e desenhar. O empréstimo dos brinquedos deve ser solicitado na recepção.
SÁBADO, DIA 16 DE OUTUBRO
10h30 e 16h30 – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira, com os arte-educadores Beatriz Bessa e Pedro Cavalcante, com duração aproximada de 1h30, classificação livre. As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas, que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre de acordo com o tema abordado no acervo. Além da música, outras linguagens como o teatro de bonecos, o cordel, a “contação” de histórias, desafios, trovas e versos são também utilizadas tornando esta experiência única, dinâmica e participativa. Durante a visita, os participantes são estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que utilizam para fazer suas esculturas.
14h – Oficina Fazer Brinquedos, com Getúlio Damado, criador de maquetes do bondinho de Santa Teresa – A partir de oito anos de idade, vagas ilimitadas.
Na Oficina Fazer Brinquedos com o artista Getúlio Damado, os participantes terão a oportunidade de aprender a fazer esculturas populares como bonecos e pássaros utilizando diversos tipos de sucata (plástico, papel, madeira, eletrônicos e metal).
Getúlio Damado, 66 anos, mineiro de nascimento e carioca “de vida e coração”, é conhecido por seu Famoso Ateliê Chamego Bonzolândia, criado há 36 anos na Rua Leopoldo Fróes, 15, em Santa Teresa, que se tornou ponto turístico do bairro boêmio com seu “bonde-oficina”. Sua primeira obra, a maquete do bonde de Santa Teresa, foi toda feita em materiais recicláveis, sendo ainda mais um representante do movimento ecológico. A partir de uma exposição de seus trabalhos no Museu do Folclore, no Catete, ele participou nos anos 2000 de várias mostras no Brasil e no exterior, como uma no Museu do Pontal. Seu filho Victor Damado segue seus passos.
15h – Oficina de Danças Populares com Mestre Feinho, Ciça e Ana Carimbó – Casa do Saber Popular – Cultura Popular para a Paz
A oficina vai oferecer a vivência do Coco de Roda, uma típica dança nordestina, além de abordar seus elementos de canto, dança e percussão, e sua história – seus Mestres e memórias. É coordenada por Mestre Feinho, diretor da Casa do Saber Popular, um espaço de vivência, valorização, pesquisa e preservação da cultura popular brasileira, Ciça e Ana Carimbó. Mestre de Capoeira do Grupo Senzala e pesquisador de diversas expressões culturais brasileiras, Mestre Feinho criou o projeto Cultura Popular para a Paz, que vem desenvolvendo em diferentes espaços com públicos de diversas faixas etárias. Ciça é professora de música, cantora, multi-instrumentista, arte-educadora, pesquisadora e contramestra de capoeira do grupo Senzala. Ana Carimbó é pedagoga, doutora em educação, co-fundadora da Casa do Saber Popular, professora de capoeirano Grupo Senzala, brincante, pesquisadora e psicopedagoga.
DOMINGO, DIA 17 DE OUTUBRO
11h – Experiência Sensorial Agente Húmus – com a participação da palhaça Melocoton
Experiência sensorial destinada ao público infantil, a Agente Húmus, criada pelo grupo de pesquisa GAE Arte:Ecologias, propicia se experimentar a mão na terra, viver a natureza fértil e imaginar uma compostagem do nosso modo de estar no mundo. Após as brincadeiras com os cinco sentidos e o uso de materiais naturais, serão criadas miniesculturas/bombas-de-semente, que serão arremessadas e… bum! A vida vai brotar em toda sua força e diversidade. O grupo de pesquisa GAE Arte: Ecologias é coordenado pelas artistas e pesquisadoras Paula Scamparini e Mari Fraga, e conta com a participação de Joana Amora, a palhaça Melocoton, Carine Caz, Lohana Montelo, Clarisse Rates, Uri Nonnato, Rúbia Vaz e Ágatha Nobre. Com foco interdisciplinar, as pesquisas do GAE Arte: Ecologias partem de investigações coletivas orientadas pelo tema-dispositivo Ecologia, em que articulam artes a outros campos do conhecimento e abordam questões como: ecossistemas, paisagens, narrativas não-hegemônicas, ecofeminismo, agroecologia, indústria e os usos da terra, Antropoceno, Mudanças Climáticas, entre outros assuntos.
10h30 e 16h30 – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira, com os arte-educadores Beatriz Bessa e Pedro Cavalcante, com duração aproximada de 1h30, classificação livre. As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas, que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre de acordo com o tema abordado no acervo. Além da música, outras linguagens como o teatro de bonecos, o cordel, a “contação” de histórias, desafios, trovas e versos são também utilizadas tornando esta experiência única, dinâmica e participativa. Durante a visita, os participantes são estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que utilizam para fazer suas esculturas.
14h – Oficina Fazer Brinquedos, com Getúlio Damado, criador de maquetes do bondinho de Santa Teresa – A partir de oito anos de idade, vagas ilimitadas.
Na Oficina Fazer Brinquedos com o artista Getúlio Damado, os participantes terão a oportunidade de aprender a fazer esculturas populares como bonecos e pássaros utilizando diversos tipos de sucata (plástico, papel, madeira, eletrônicos e metal).
Getúlio Damado, 66 anos, mineiro de nascimento e carioca “de vida e coração”, é conhecido por seu Famoso Ateliê Chamego Bonzolândia, criado há 36 anos na Rua Leopoldo Fróes, 15, em Santa Teresa, que se tornou ponto turístico do bairro boêmio com seu “bonde-oficina”. Sua primeira obra, a maquete do bonde de Santa Teresa, foi toda feita em materiais recicláveis, sendo ainda mais um representante do movimento ecológico. A partir de uma exposição de seus trabalhos no Museu do Folclore, no Catete, ele participou nos anos 2000 de várias mostras no Brasil e no exterior, como uma no Museu do Pontal. Seu filho Victor Damado segue seus passos.
15h – Contação de histórias, com Tatiana Henriques
SEIS EXPOSIÇÕES INAUGURAIS – “NOVOS ARES: PONTAL REINVENTADO
O conjunto das exposições inaugurais se chama “Novos ares: Pontal reinventado”, marcando este importante momento na história do Museu. São seis exposições, uma de longa duração, e cinco temporárias, que reúnem 700 conjuntos de obras, com um total de cerca de duas mil peças. O Museu do Pontal terá um café/restaurante, uma loja, e uma extensa programação para todos os públicos.
Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque afirmam: “Estamos fazendo mais do que uma exposição. Estamos criando as bases de um novo pensamento institucional. Este pensamento tem a ver com uma outra forma de entender o Museu do Pontal e seu papel na sociedade. A exposição está ligada à concepção geral do projeto deste Museu em si. E abrange desde as discussões sobre a arquitetura e os jardins até a maneira como as histórias estão sendo contadas, os fluxos do educativo e a programação estabelecida”.
GILBERTO GIL, DONA ISABEL, AILTON KRENAK E JOSÉ SARAMAGO
Em meio às exposições, o público verá a riqueza da arte popular através de vídeos e textos poéticos, e em depoimentos de personalidades como Gilberto Gil, Dona Isabel, Ailton Krenak e José Saramago. O percurso expositivo de mil metros quadrados terá cores e aberturas em suas paredes, que permitem vislumbrar uma perspectiva do amplo espaço, de modo a revestir de magia e encantamento o mergulho do público no universo da arte popular.
“Novos ares: Pontal reinventado” abrange obras do acervo do Museu e de importantes coleções convidadas. A exposição de longa duração faz uma homenagem à proposta original de apresentação das obras do Museu do Pontal criada por seu idealizador e fundador, Jacques Van de Beuque (1922-2000), que estabeleceu uma maneira própria e inovadora para apresentar o Brasil profundo revelado por seus artistas populares. Esta concepção foi revisitada à luz de 2021, com uma nova compreensão dos ciclos criados por ele, que apontavam as transformações do Brasil com a migração da área rural para a cidade.
A ARTE POPULAR E SEUS CRIADORES
Em torno da exposição central estarão cinco outras exposições nucleares, temporárias, focadas na diversidade da produção artística do país, com esculturas que dialogam com temas fortes da cultura brasileira, a partir dos olhares originais de seus autores.
- Brincares – Brincadeiras e brincantes
Obras interativas e cinéticas como “Circo”, de Adalton Fernandes Lopes (Niterói, 1938 – 2005), e os brinquedos de madeira de Antonio de Oliveira (Minas Gerais, 1912-1996). O acervo de mamulengos também abrirá espaço para pequenas encenações de teatro de bonecos. Um jogo de dança interativo, criado especialmente para a exposição, desafia crianças e adultos a reproduzir passos de danças brasileiras, como frevo, jongo, carimbó, chula e funk.
- Terra/Terra – O Jequitinhonha e suas tradições
Neste espaço que aposta num aprofundamento na dimensão matérica das obras, o destaque são os artistas, em especial Noemisa Batista (1947), Dona Isabel Mendes da Cunha (1924-2014) e Ulisses Pereira Chaves (1929-2006). Em outro nível de leitura, provocamos o público a pensar sobre o significado do termo tradição, em tempos de tantas e aceleradas mudanças.
- Entre beiras e margens – Fogo, água, ar
Artistas do Alto do Moura, Pernambuco, como Mestre Vitalino (1909-1963), mostram em suas antológicas esculturas em barro a importância do fogo na feitura da cerâmica. Barcos trazem a energia primordial das águas do mar e do Rio São Francisco, com as carrancas de Mestre Guarany (1884-1985). Outros seres mitológicos, como as sereias e os barcos de presente a Oxum, estão nas obras de Zezinho de Arapiraca, Selvino (1941) e Tamba (1934-1987), da Bahia. Nhô Caboclo (1940), de São Paulo, e Laurentino (1937), do Paraná, com suas obras eólicas, que aludem à energia dos ventos.
- Poética da criação
Artistas cujas obras escapam às primeiras apreensões, fugindo aos temas consagrados historicamente na arte popular, reúnem-se nesse setor. São seres fabulosos, personagens fantásticas, criações ímpares. Neste espaço, há um diálogo maior entre as obras reunidas por Jacques Van de Beuque no Museu do Pontal e outras coleções convidadas, criadas tanto por indivíduos apaixonados por arte popular, como Irapoan Cavalcanti, Jorge Mendes e Jairo Campos, entre outros, como por acervos vindos de importantes instituições brasileiras, como SESC-SP e Itaú Cultural. Aqui, os destaques são Manoel Galdino (1929-1996), do Alto do Moura, Pernambuco, GTO (1913-1990), de Minas, e Nino (1920-2002), de Juazeiro do Norte, Ceará, além de artistas inovadores da Ilha do Ferro, Alagoas.
- Devoções
Em uma leitura livre e abrangente, esse setor apresenta a diversidade de expressões da fé, e os artistas vinculados às devoções populares, incluindo sua dimensão festiva. Os destaques, além dos ex-votos, são os artistas Otávio, e seus orixás, Mestre Didi (1917), da Bahia, e sua estética afro-brasileira, e Zé do Carmo (1934), de Pernambuco, com seus anjos negros. Uma sala especial reúne presépios – a um depoimento sensível de Caetano Veloso, sobre suas memórias de Natal. No trajeto, um encontro com as grandes engenhocas cinéticas de Adalton Lopes (1938-2005), de Niterói: a “Vida de Cristo” e o “Carnaval no Sambódromo”.
Serviço: Museu do Pontal
Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP
22790-711[ao lado do condomínio Alphaville Residências]
Quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do horário de fechamento do Museu)
Entrada gratuita [ou contribuição voluntária], pode ser retirado no local ou via Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/69316
Protocolo anti-Covid
Será exigido comprovante de vacinação contra a Covid-19 (impresso ou digital), e o
uso de máscara é obrigatório durante todo o período de permanência no Museu.
Canais digitais:
Site: http://www.museucasadopontal.com.br/
Instagram: @museucasadopontal
Youtube:www.youtube.com/museucasadopontaloficial
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