No Afeganistão, as aulas do ensino fundamental foram retomadas sem a presença de estudantes mulheres, já que o destino delas permanece incerto dentro do novo regime Talibã, que explicitamente ordenou que somente os estudantes homens retornassem à sala de aula. Alguns homens se negaram a voltar enquanto não houver permissão do retorno de todos os alunos. Até lá, o novo prefeito talibã da cidade de Cabul disse às funcionárias municipais que não fossem trabalhar. No dia 19 de setembro, ativistas mulheres se manifestaram em Cabul, em frente ao edifício que costumava ser o Ministério de Assuntos da Mulher, atualmente dissolvido pelo Talibã.

“Não podem reprimir a voz das mulheres afegãs fazendo com que as meninas fiquem em casa, restringindo sua liberdade e não permitindo que assistam às aulas. Não podem reprimir a voz das mulheres afegãs. Não podem reprimir a voz das mulheres afegãs transformando o Ministério da Mulher em um Ministério de Promoção da Virtude e Prevenção do Vício”, protesta Taranum Sayeedi.

Entretanto, a emissora Al Jazeera informou que ao menos sete pessoas morreram devido a explosões nas cidades de Cabul e de Jalalabad. O grupo armado Estado Islâmico-Khorasan, também conhecido como ISIS-K, assumiu responsabilidade pelos ataques.


Traduzido do espanhol por Ana Raquel Romeu / Revisado por Graça Pinheiro