ARTES VISUAIS

Por CWeA Comunicação

 

Na celebração do centenário de uma das mais importantes artistas do século 20, a exposição reúne cerca de 100 obras, a maior parte delas inéditas para o público, e é acompanhada de uma publicação com textos de críticos que seguiram de perto a trajetória de Lygia.

 

Pinakotheke Cultural, Rio de Janeiro

23 de agosto a 23 de outubro de 2021

Curadoria: Max Perlingeiro

Realização: Pinakotheke Cultural em colaboração 

com “O Mundo de Lygia Clark”,

Entrada gratuita

[Protocolo anti-Covid, visitação por agendamento]

 

A Pinakotheke Cultural, em sua sede do Rio de Janeiro, realizará, em colaboração com “O Mundo de Lygia Clark”, a exposição “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos”, de 23 de agosto a 23 de outubro de 2021, em comemoração ao centenário de nascimento da artista.

Considerada pela crítica de arte brasileira e internacional como uma das artistas mais importantes do século 20, por suas criações pioneiras e originais, Lygia Clark nasceu em Belo Horizonte em 23 de outubro de 1920 e morreu em 25 de abril de 1988, no Rio de Janeiro.

Com curadoria de Max Perlingeiro, a exposição reunirá aproximadamente 100 obras da artista, entre pinturas, desenhos, gravuras, bichos, trepantes, obra mole, casulo, objetos relacionais, fotografias e documentos, em sua grande maioria inéditas ao público brasileiro.

A mostra obedecerá a uma cronologia, dividida em 17 ordens conceituais que compõem a sua trajetória de artista: “Escadas” (1947), “Kleemania” (1952), “Quebra da Moldura” (1954), “Linha Orgânica”(1954), “Arte/Arquitetura” (1955), “Superfície modulada”(1955-1956), “Planos em superfície modulada Série A”(1957), “Planos em superfície modulada Série B”(1958), “Espaço modulado” (1958), “Unidade”(1958), “Ovo linear” (1958), “Contra relevo” (1959), “Casulo” (1959), “Bicho” (1960-1964), “Obra mole” (1964), “Trepante” (1965) e “Objetos relacionais” (1968-1973).

Para cada uma desses segmentos o espectador poderá seguir textos de parede escritos pelo crítico Paulo Herkenhoff, que auxiliam a compreensão e a evolução do pensamento da artista e suas criações.

A exposição conta ainda com o ensaio fotográfico feito por Alécio de Andrade (1938-2003) da performance “Arquiteturas biológicas II”,que Lygia Clarkcriou em 1969 no Hôtel d’Aumont, em Paris.

Está prevista também a realização de debates virtuais em torno da vida e obra de Lygia Clark, que serão transmitidos no canal de YouTube da Pinakotheke. www.youtube.com/pinakotheketv,  em dia e horário a serem divulgados posteriormente.

 

 

LIVRO BILÍNGUE, COM TEXTOS INÉDITOS

Acompanha a exposição o livro bilíngüe (port/ingl) homônimo “Lygia Clark (1920-1988) 100 anos”, formato 21 x 27cm, com textos críticos inéditos, imagens e informações sobre as obras,uma seleção da correspondência pessoal entre Lygia e amigos artistas e intelectuais, fatos relevantes que marcaram a sua relação com o Rio de Janeiro entre abril de 1947 a abril de 1988, e uma cronologia resumida atualizada.

O primeiro texto do livro é Some Latin Americans in Paris, escrito pelo teórico e historiador de arte Yve-Alain Bois (Constantine, Argélia, 1952), que conheceu Lygia Clark ainda nos anos 1960 em Paris, e se tornou seu amigo próximo. Depois de integrar por 15 anos o departamento de história da arte e arquitetura da Universidade Harvard, Yve-Alain Bois está no School of Historical Studies do Institute for Advanced Study, em Princeton, conhecido simplesmente como “Institute”, instituição lendária que promove e financia pesquisas, onde já estiveram cientistas como Albert Einstein e historiadores da arte como Erwin Panofsky.

A publicação traz também a íntegra inédita de uma entrevista dada por Lygia Clark a Matinas Suzuki Jr. e Luciano Figueiredo em 1986, de que só havia sido publicado um extratono suplemento “Folhetim”, da “Folha de S.Paulo”, em 2 de março daquele ano. 

“Pelas amplas janelas do MAM” e “Relato de um paciente” são textos escritos por Lula Wanderley em 2021 especialmente para a exposição.

A partir de sua conferência “Catarse e Lygia Clark: o poder curativo da arte”, proferida em 1998, Marcio Doctors editou e atualizou o texto para o livro.

 

FILMEMEMÓRIA DO CORPO

Será exibido na exposição em modo contínuo o filme “Memória do Corpo” (1984, 30’), com direção de Mário Carneiro, que registrou a última proposta desenhada pela artista, a “Estruturação do Self”.

 

Retrato de 1970 – Foto de Alécio de Andrade Crédito: ADAGP – Paris Photo Alécio de Andrade

 

SOBRE LYGIA CLARK

Desde as suas primeiras exposições no Brasil, Lygia Clark teve a admiração e estímulo de importantes críticos de arte como Ferreira Gullar(1930-2016) e Mário Pedrosa (1900-1981). Participou da 1a Exposição Nacional de Arte Concreta (1956-57) e em 1959 foi signatária do Manifesto Neoconcreto.

Sua arte rompeu fronteiras, e a partir de 1965, com suas participações na Signals Gallery, em Londres, tem no crítico de arte Guy Brett (1942-2021) um de seus mais fervorosos admiradores a partir de então. Suas obras estão em importantes coleções públicas e privadas, e são vistas em exposições em vários países, como na Fundação Antonie Tàpies, Barcelona, Espanha, em 1998, e mais recentemente “Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948–1988”, no MoMA de Nova York, de 10 de maio a 24 de agosto de 2014; e “A pintura como campo experimental, 1948-1958”, no Guggenheim Bilbao, de 6 de março a 25 de outubro de 2020, com curadoria da peruana Geaninne Gutiérrez-Guimarães, e foco nas obras da primeira fase da artista.

 

Serviço: Exposição Lygia Clark (1920-1988) 100 anos

23 de agosto a 23 de outubro de 2021

Pinakotheke Cultural – Rio de Janeiro

Rua São Clemente 300, Botafogo

22260-004 – Rio de Janeiro – RJ

Entrada gratuita

Telefones: 21.2537.7566

E-mail: contato@pinakotheke.com.br

Segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 17h.

Protocolo anti-Covid

Visitação por agendamento prévio pelo e-mail agendamento@pinakotheke.com.br ou WhatsApp: +5521.97629-9683