POEMA
Por C. Alfredo Soares
Cachos que se encaixam
Se entrelaçam na cabeça
Perfeitos na capa preta e amarela
Num frenético ir e vir
Me encaixo nesse seu mistério
Nesse seu voo de alma leve
Que inunda o ambiente
Deixando tudo mais colorido
Minha abelhinha
Mansa sem ferrão
Jataí do meu jardim
A beijar girassóis e rosas amarelas
Um dia te verei cruzar minha janela
Observando a lua nova
Quiçá a mim
Seu eterno zangão
Há de se emaranhar nos favos
Labirinto doce do teu ser
E de lá não mais sair
Quero ser primeiro a desfrutar do mel
Apagando de mim todo fel que há de ter
Me lanço, não canso
me encaixo e me prendo
dentro dos seus pequenos braços
Sou menino afoito e feliz
Chega ser hilário não acontecer
A tarde já está indo
O sol vai se por
Quero contar logo a lua
Que jataí é o meu doce amor