RELATO PESSOAL/ENSAIO FOTOGRÁFICO
No mesmo dia em que celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente das Nações Unidas pelo mundo, um pequeno número de pessoas se reunia em Seoul para discutir questões sociais. Gradualmente o tópico evoluiu para uma viagem ecológica, na manhã seguinte, a uma das atrações naturais mais reconhecidas da costa oriental, o Parque Nacional de Seoraksan, na Coréia do Sul. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o tema a ser contemplado neste dia, 05 de junho de 2021, é Restauração do Ecossistema, que será o lançamento da Década da Restauração de Ecossistemas da ONU.
Nossa viagem foi intermediada por um empresário coreano, CEO sr. Park, que incentivou a jornada e convidou os youtubers DADLE HAPPY, o sr. Yeonyul Jeong, um diretor de Iniciativas para Mudanças da Coréia, e eu, um fotógrafo. O Parque Nacional de Seoraksan está localizado ao nordeste da Coréia, e o nome Montanha Seorak (em inglês, Seorak Mountain) significa Montes Nevados. Ela é a mais alta dos Montes Taebaek e a terceira mais alta do país, “às vezes, é considerada a espinha dorsal da Coreia do Sul”. No site The Culture Trip, é relatado que o parque é um dos mais icônicos do país e foi a primeira àrea a ser designada um parque nacional pelo governo, em 1970.O site também destaca que o local faz parte do programa de Proteção à Biosfera da UNESCO desde 1982.
Depois de quase três horas de estrada, partindo da cidade de Seoul, encontramos nosso anfitrião, Sr. Park, e sua adorável esposa no parque. Após uma rápida parada para um lanche, seguimos para uma das atrações mais conhecidas de Seoraksan, a Rocha Ulsanbawi, uma famosa formação rochosa que consiste em seis picos de granito muito populares entre os turistas.
Na trilha para a formação rochosa principal, desfrutamos de vários cenários, incluindo penhascos, cachoeiras e diversas outras belezas naturais. Para minha surpresa, nosso anfitrião nos encorajou a passar uma boa quantidade de tempo na floresta, entre os velhos pinheiros, onde a conexão histórica com a colonização japonesa era visível na exploração dos recursos naturais. Os pinheiros são lendas vivas que lembram os visitantes da exploração da floresta e de seus machucados para a extração de resina liquida, necessária para a produção de combustível. No meio do caminho, há uma placa em coreano, inglês, japonês e chinês, explicando que a resina é o líquido que um pinheiro secreta quando é ferido. A resina, que tem sido colhida imprudentemente como matéria-prima para aviões e combústivel nos dias de hoje, é também chamada de “lágrimas do pinheiro”. Na minha opinião, um lembrete do que passou.
A caminhada de algumas horas até o topo da rocha Ulsanbawi, que fica a 873m acima do nível do mar, foi um desafio interessante.Com o forte sol da tarde e muito entusiasmo, aproveitamos o cenário de abundância natural, que se estende até as áreas costais do mar oriental. Foi minha segunda vez subindo a montanha Seorak, e o Parque Nacional de Seoraksan tem diversas montanhas e morros menores, com cerca de 30 picos no total.
No segundo dia da viagem, o Sr. Park nos levou até o Lago Hwajinpo, a maior lagoa da Coréia, onde eu encontrei um cenário silencioso e tranquilo para passear por horas. Deve ter sido essa atração natural que motivou os ex líderes de ambas as Coréias, Presidente Rhee Syngman e Kim ll-Seong, a manterem casas de verão próximas ao lago. Também existe um museu histórico com mais de 40.000 artefatos de 1.500 espécies diferentes, que nós não tivemos tempo de visitar.
No fim, foi um jeito inspirador de passar o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma experiência que aprofunda a necessidade de criar consciência ecológica, algo essencial na proteção e na preservação do nosso planeta, bem como no cuidado com ele.
Traduzido do inglês para o português por Ana Carolina Carvalho/Revisado por Felipe Balduino