Cientistas das Universidades de Göttingen e Auckland simulam as estruturas microscópicas primordiais do universo após o Big Bang.
Através de computadores desenvolvidos para reconstruir os primeiros momentos do universo, os físicos conseguiram aprimorar as complexas simulações do movimento das partículas e uma espécie de modelagem quântica para calcular como as estruturas poderiam ter sido formadas pela condensação de partículas após a ocorrência da inflação, como publicado recentemente Physical Review D.
O estudo revela que no primeiro bilionésimo de segundo após o Big Bang, uma complexa rede de estruturas poderia ter sido formada cujo comportamento imitava a distribuição atual das galáxias; no entanto, essas estruturas primordiais no universo eram microscopicamente pequenas e, ao mesmo tempo, extremamente densas.
“O espaço físico representado por nossa simulação caberia um milhão de vezes em um único próton. É provavelmente a maior simulação da menor área do universo que foi realizada até agora”disse o professor Jens Niemeyer, diretor do Grupo de Cosmologia Astrofísica da Universidade de Göttingen (Alemanha).
Foto: Capturam uma das maiores explosões do universo | HISPANTV
Astrônomos capturaram o brilho óptico de uma das maiores explosões do universo, que ocorreu a 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra.
Por sua vez, Benedikt Eggemeier, aluno de doutorado do grupo de Niemeyer, afirmou que “A formação dessas estruturas, assim como seus movimentos e interações, devem ter gerado um ruído de fundo de ondas gravitacionais. Com a ajuda de nossas simulações, podemos calcular a força desse sinal de onda gravitacional, que poderá ser medida no futuro”.
De acordo com especialistas, também é concebível que pequenos buracos negros se formem se essas estruturas entrarem em colapso de forma incontrolável. Se isso acontecer, eles podem ter consequências observáveis hoje, ou se tornar parte da misteriosa matéria escura do Universo.
Traduzido do espanhol para o português por Mercia Santos / Revisado por Tatiana Elizabeth