OPINIÃO
Por Daniel Vila-Nova
Desde os idos de 06 de março de 2015 ao já ido março das odisseias deste 2021, a Nossa fictícia #OperaçãoLavaJactaEst tem mais um lance de “dados”. O “dado”, aqui, não é apenas um poliedro de 6 lados, com pontinhos em cada face (com 1 a 6 furos). O “dado” também não é só informação bruta, numericamente simplificada para permitir interpretações. O “dado” é, também, o concedido e o recebido. O “dado” é o “publicado” e o “público”. O “dado” é o vazado, outrossim.
“Eu não me arrependo de nada”. O ex-juiz, agora ex-ministro, também, parece estar a tentar carreira na Academia Brasileira de Letras.
Após fundar a “República dos Conjes” (sic), a fluência latina o levou a almejar os campos elíseos dos galicismos. Desejo boa sorte na missão, enquanto a terra gira e os galos cantam.
Apertei o tubo do “dentifrício”, depois de usar o “bidê”. Fui tomar um café e preparei uma (ou seria “um”, “doutor” Sérgio?) “omelete”…
O que ele disse que cantava era “Eu não me arrependo de nada”… Parecia que o eco daquele grasnido queria encontrar alguma reverberação… Mas o auditório estava vazio. Não houve pedido de bis. E nem “cachê”.
Após ouvir o desafino, fiquei em desatino. Lembrei da voz rósea de Édith e resolvi editar os esganiçados piados.
Até pensei em fazer piada. Mas o riso já estava instalado.
Eu ouvi o verso do arrependido que confessa, mas não pede “remissão”. Foi digno de pena. “Pena” como “dó” — comiseração. Se é caso de pena (sanção criminal), só o tempo dirá se é, ou não, história para “remição”.
Para ouvir a verdadeira Piath, #StanislawPontePreta pediu uma nota “dó” ao Maestro. Foi mais ou menos, assim: – Toca “Je né regrette de rien”, com dó, Caçulinha.
“Laisse-moi devenir
L’ombre de ton ombre
L’ombre de ta main
L’ombre de ton chien
Mais
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas”
E o “não me arrependo” virou “não me abandone”… O último? Apague a Luz!
Enquanto a reputação da #Lavajatização é cozida no #CaldeirãoInstitucional, novas manhãs são cosidas, meu Descobridor Cabral de Mello Neto.
#2021Odisseia.
Sobre o autor: Daniel Vila-Nova, poeta, jurista e Doutor em Ciência Política.