ARTES VISUAIS
Por CWeA Comunicação
A partir do dia 8 de março de 2021, o público poderá ver a maior exposição da artista Jeane Terra, com obras que ocupam todos os espaços da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, criadas a partir das pesquisas e processos – um deles patenteado – que a artista vem desenvolvendo nos últimos anos.
Com curadoria de Agnaldo Farias, a exposição “Escombros, peles, resíduos” tem todas as suas obras um ponto em comum: foram criadas a partir da residência que a artista fez em Atafona, litoral norte fluminense, que está sendo tragada pelo mar, e já teve catorze de seus quarteirões submersos. Por um mês ela conviveu com os moradores do local, compartilhou seu ritual diário de observar o avanço do mar, criou processos que materializaram em beleza aquela perda. Dessa imersão estarão na exposição instalações, esculturas, objetos e obras de sua peculiar “pintura seca” ou “pele de tinta”, processo que criou e que agora está patenteado, como também monotipias em pedaços de escombros submersos, usando silicone.
Haverá visitação prévia para convidados de 3 a 5 de março.
Assistente de Adriana Varejão por dez anos, com participações em coletivas como a realizada em Turim, na Itália, em 2019, Jeane Terra faz agora sua grande individual. Agnaldo Farias destaca que “o trabalho dela tem muita força, e é um privilégio fazer esta viagem por ele”, diz. “Este é um momento lindo, em que não apenas a artista pode ver reunidos seus trabalhos, que ficavam espalhados no ateliê, como o público poderá tomar contato com toda a riqueza, a fertilidade e a amplitude de sua pesquisa, e isso é um privilégio muito grande”.