Não é fácil fazer um exame para saber se você tem ou se já teve Covid-19. Com a escalada de viagens de fim de ano, os laboratórios e farmácias estão sendo super demandados para testes. Estando em uma capital, suas chances aumentam consideravelmente e seu problema passará a ser outro.
No começo da pandemia não havia testes para toda a população. Hoje a situação melhorou e ampliaram bem a testagem no Sistema Único de Saúde (SUS), mas não estamos nem perto do que seria recomendado.
Mas nós, cidadãos da terceira classe mundial, podemos nos alienar de tudo isso e resolver no melhor estilo capitalista: individualmente, com nossos próprios recursos — spoiler: não é barato. Para isso, fiz um guia rápido indicando quais são os exames disponíveis e para quais situações eles são indicados.
Quase tão enigmático quanto esse vírus mutante são os nomes dos vários testes disponíveis. PCR, sorológico, antígeno, teste rápido. Eu também não sabia para que serve cada um, por isso, resolvi compartilhar com vocês o que descobri nas últimas 24 horas.
É importante se ater às especificações porque caso contrário, as chances de falsos positivos ou negativos crescem. A maior parte dos locais pedem que os exames sejam agendados e os laboratórios geralmente exigem também pedido médico. Os testes listados abaixo, na rede privada, variam de R$ 50 (teste rápido) a R$ 499 (PCR-RT).
Teste rápido: é o nome dado aos exames que detectam a presença de anticorpos IgG e IgM produzidos pelo organismo humano para combater o coronavírus. O IgM indica uma infecção recente e o IgM uma ocorrida há mais tempo. Ele utiliza uma amostra de sangue coletado a partir de um “furo” no dedo. Deve ser feito após 10 dias do início dos sintomas ou do possível contágio. No SUS, é realizado após 14 dias. A entrega do resultado varia de 15 minutos a duas horas após o teste.
PCR-RT (Swab): este é o exame do cotonete no nariz. É o melhor método para diagnosticar a doença ativa. Indicado para pessoas entre o segundo e o décimo segundo dia de sintomas. Há locais que recomendam estar entre o quarto e o sétimo dia. É realizado a partir da coleta de secreção do nariz e da garganta. Detecta se o material genético (RNA) do vírus está presente no corpo. O resultado sai em três dias.
PCR-LAMP ou RT-LAMP: É coletado a partir da saliva. Promete ser tão eficaz quanto o PCR-RT, mas é mais barato. Também detecta o material genético do vírus presente nas células humanas. Indicado para pessoas entre o segundo e o décimo segundo dia de sintomas. A entrega do resultado varia de três a 24 horas.
Sorológico: Deve ser feito por quem já teve contato com o vírus — detecta os anticorpos IgA, IgG e IgM — e já produziu anticorpos para a doença. Pode ser feito a partir do décimo dia do início dos sintomas ou do possível contágio. Resultado liberado em três dias úteis.
nticorpos totais: É um exame sorológicos, feito a partir de um exame de sangue, e considerado com alto grau de precisão para detectar casos positivos e negativos. É preciso ter apresentado sintomas há pelo menos 10 dias e também recomendado para quem quer saber se já foi exposto ao vírus. Resultado liberado em três dias.
Antígeno (swap): teste rápido feito a partir da coleta da secreção das narinas. A partir dele são encontradas proteínas do vírus da Covid-19. O melhor resultado é quando feito entre o segundo e o sétimo dia do contágio, quando há uma carga viral maior no corpo. É preciso estar atento ao fato de que ele não é tão preciso e o resultado pode ser um falso negativo se a pessoa tiver baixa quantidade de vírus na nasofaringe. O resultado é disponibilizado entre quinze minutos e duas horas após o exame.
Algoritmo sorológico para COVID-19: Identifica a presença de anticorpos ao coronavírus. Em uma primeira fase verifica os anticorpos totais, em casos positivos, é executado um segundo exame para verificar o IgG e o IgM.