Em vez de reunir esforços para agilizar os trâmites necessários para que, o quanto antes, os grupos de risco possam ser imunizados, o governo federal aproveita-se de um contexto de medos e incertezas para semear ainda mais dúvidas a respeito da necessidade de uma vacina para o combate à Covid-19, diferentemente da maioria dos/das chefes de Estados de várias partes do mundo.
Nesta quarta-feira 16, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que será necessária a assinatura de um termo de responsabilidade para quem tomar vacina de uso emergencial contra a Covid-19. Incompetente, inoperante e insensível, o titular da pasta mais importante do governo federal neste contexto de pandemia, assim como seu chefe, o presidente da República aposta na geração de dúvida, de incerteza, de medo e de caos.
Não bastaram os mais de 180 mil óbitos, os quais majoritariamente deveriam ser atribuídos à inoperância do governo federal no que se refere à adoção de medidas que pudessem mitigar os impactos do coronavírus em nosso país. Por falar em óbitos, recentemente em sua rede social Twitter o presidente brasileiro ficou “zangado” por haver sido classificado como “genocida”, pela jornalista Mariliz Pereira Jorge. Esperamos que em um futuro não muito distante a Corte de Haia possa dizer se a jornalista tem ou não razão, quando diz que é genocídio nada fazer para impedir que dezenas de milhares de pessoas morressem.
O presidente brasileiro continua demonstrando insensibilidade, desprezo e descaso com a situação pandêmica, que já está dando sinais de que se apresenta na chamada “segunda onda – basta olharmos para exemplos como os verificados no estado da Bahia, que vinha num processo de desaceleração e que, nos últimos dias, encontra-se registrando contágios diários muito preocupantes, inclusive com altos índices de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), beirando o caos.
Mas o caos é a marca do governo atual do Brasil. O presidente aposta no caos, apregoa o caos, desafia a civilidade e nada acontece, além de caos. Infelizmente, os 30% de fascistas que elegeram e apoiam esse governo têm tido a colaboração de uma esquerda inerte, que concentra-se majoritaiamente em resolver suas ambições pessoais, em detrimento das questões coletivas. E o resultado é o empoderamento do caos, em um contexto muito mais difícil de lidar, por conta da pandemia.