Quatro meninas Polonesas que vivem na Grécia, estudando ou trabalhando nos últimos anos, convocaram os atenienses, pelas redes sociais, a participarem de um protesto em 31 de outubro, às 12 horas na Praça Sintagma, em apoio às mulheres polonesas que estão sujeitas a uma nova lei que proíbe completamente o aborto, exceto para os casos de fetos com síndrome de Down.
Uma das organizadoras, Maia Mazurkiewicz, falou sobre a sua iniciativa e explicou a situação desta lei na Polônia:
“Hoje estamos nos reunindo para apoiar as mulheres na Polônia que estão protestando depois que o Tribunal Constitucional, incrivelmente politizado, decidiu em 22 de outubro que o aborto em casos de fetos defeituosos era inconstitucional. Isto representa 98% das intervenções realizadas na Polônia. Mesmo antes dessa decisão, a lei polonesa sobre o aborto era a mais rigorosa da União Europeia. Cerca de 80% dos poloneses não querem mais restrições nesta lei. Apesar disso, o partido ultraconservador católico Direito e Justiça (PiS) mais uma vez usou os direitos humanos para proteger o poder que lhes foi conferido por partidários católicos fundamentalistas. As pessoas na Polônia estão nas ruas no meio de uma pandemia, porque não aguentam mais. As manifestações estão ocorrendo em centenas de lugares na Polônia. No dia 06 de novembro, em Varsóvia, mais de 150 mil pessoas se manifestaram contra as leis restritivas.”
A iniciativa foi apoiada por estudantes universitários poloneses de ambos os sexos, que vivem em Atenas e membros de movimentos feministas e LGBTQ +. Hoje a Grécia e a Polônia estão lado a lado. O renascimento de tais políticas, em qualquer lugar do planeta, traz às ruas as pessoas que respeitam os direitos humanos, para defendê-los.
Video: Manifestação na Praça Sintagma. Pressenza Atenas
Traduzido do inglês por Magui Vallim