Por Pedro Barreto

11 de setembro é dia lembrar dos 37 anos do golpe militar no Chile, perpetrado pelo  general Augusto Pinochet e apoiado pelo governo dos Estados Unidos.

O presidente socialista Salvador Allende, democraticamente eleito, em 1970, morreu, após o Palácio de la Moneda, em Santiago, ser bombardeado por aviões estadunidenses.

Artistas, professores, políticos, ativistas e demais pessoas foram perseguidas, presas, torturadas e mortas durante as mais de 3 décadas de ditadura militar. Entre eles, o músico e ativista Victor Jara, que teve as mãos – seu instrumento de trabalho – quebradas durante as sessões de tortura, antes de ser fuzilado no Estádio Nacional – que, após a redemocratização do país, seria rebatizado com o seu nome.

A política econômica ultraliberal, implementada por Pinochet, tinha entre os seus economistas, um certo jovem brasileiro, egresso da Escola de Chicago, chamado Paulo Guedes.

Em 2018, a elite brasileira, sempre saudosa dos tempos autoritários e temente de qualquer resquício de igualdade social possível, lançou o seu candidato. A maioria da população, iludida, deseducada, esquecida, ou mal intencionada, elegeu para a Presidência da República, um sujeito mau, perverso, vil, ignóbil, inculto, violento, misógino, racista, homofóbico e demais adjetivos cabíveis a um ser humano incapaz de qualquer traço de empatia, amor, ternura, compaixão.

Poderíamos ter aprendido com os exemplos recentes chileno, argentino, uruguaio… brasileiro! Mas não. Hoje, vivemos o autoritarismo econômico, político e cultural bolsonarista. “Bolsonaro não precisa dar o golpe. Ele é o golpe”, disse Lilia Schwarcz, em recente entrevista.

Triste, trágicos e difíceis tempos.