POEMA
Faz tempo que eu ouço uma vaga
melodia que não se completa
e que se esfumaça na mente
feito uma lembrança etérea…
E são acordes que, quase sempre,
me acordam ou me adormecem
quando de mim se aproxima
a fumaça perfumada de uma
certa solidão…
Não uma solidão desafinada…
mas uma solidão dentro do tom.
E essa canção me acompanha,
incompleta e caminhante…
se tecendo sem pressa…
se compondo… enquanto busco
parcerias que nem sempre encontro…
Faz tempo que cantarolo sozinho
as notas que florescem
do coração…