POEMA
Há um pedido de socorro que escuto agora e que faz um eco em mim tão forte…
e eu não sei ao certo de onde vem.
Olho pra um lado e não vejo ninguém;
olho pra outro e ninguém está lá.
E eu queria tanto ajudar…
Porque a tez do dia fica outra quando um braço se desapega de correntes e se estende.
Agora mesmo, fecho os olhos e escuto: socorro… socorro…
E é curioso porque ninguém mais parece ouvir…
E eu estou na rua entre tantos transeuntes apegados as suas marchas… e tudo bem.
Mas, esse pedido não cessa…
E eu tento sentir quais chances eu teria
de quebrar a parede que esconde a dor que me procura na intenção da calma.
Ecoa em mim…
E ao pôr as mãos no peito, sinto as notas da voz que chama
e insiste e que espera que eu aprenda uma forma urgente de lhe dar apoio.