Um edital que poderá ser lançado ainda em fevereiro pelo Ministério da Saúde prevê a readmissão de cubanos que atuavam no programa Mais Médicos. A medida visa solucionar a carência de médicos nos municípios mais vulneráveis.
Conforme informação divulgada pelo jornal El País, 1.800 profissionais serão readmitidos com contrato de permanência de dois anos. A ideia é contemplar os cubanos que permaneceram no país após a saída do programa, em 2018.
Bolsonaro havia feito duras críticas aos médicos cubanos, acusando o programa de formar uma “guerrilha do PT”. Com o rompimento da cooperação com Cuba, o Ministério da Saúde procurou ocupar as vagas com médicos brasileiros formados no exterior. As desistências na atenção básica nos municípios, no entanto, continuaram uma constante chegando a 757 vagas ociosas conforme informação do Ministério da Saúde.
Quando o programa Mais Médicos estava em vigor, o acesso a atenção básica se ampliou para 63 milhões de brasileiros, com mais de 11 mil cubanos atendendo 4.058 municípios e 34 distritos indígenas. Cuba trouxe a experiência de um dos sistemas de atenção primária em saúde mais proativos do mundo, com indicadores equiparáveis aos de países mais ricos.