Ex-presidente condenou ação e disse que aqueles que derrubam um busto com sua imagem ‘querem desaparecer com o movimento indígena’ do país
O ministro dos Esportes do governo interino da Bolívia, Milton Navarro, destruiu nesta segunda-feira (13/01) um busto do ex-presidente Evo Morales, que ficava exposto no Centro Poliesportivo Quillacollo, em Cochabamba.
Navarro utilizou um martelo para derrubar a estátua que também levava o nome do ex-mandatário. O ministro defendeu a ação afirmando que locais públicos “não podem seguir exibindo o nome ou a figura de um presidente que nosso governo e todos os bolivianos consideram um delinquente, e que hoje é um fugitivo da Justiça”. “As infraestruturas construídas com recursos estatais não devem ter o nome de um ditador, não devem ter o nome de um criminoso, porque para nós e todos os bolivianos Evo Morales é um criminoso”, disse.
Pelo Twitter, o ex-presidente condenou a ação e disse que não conseguirão destruir as “milhares de obras” que foram construídas em seu governo para o povo boliviano. Evo está exilado na Argentina após sofrer um golpe de Estado no dia 10 de novembro que forçou sua renúncia e colocou a senadora de direita Jeanine Áñez na presidência com auxílio dos militares.
“Ato do Ministério do Esporte no Centro Esportivo de Quillacollo, paramilitares protegidos pelo governo interino destruíram um busto com a minha imagem. Eles não serão capazes de destruir as milhares de obras que fizemos com e para o povo boliviano. A memória permanecerá viva”, afirmou.
Para Evo, aqueles que derrubam um busto com sua imagem “querem desaparecer com o movimento indígena” do país. “Quando destroem o busto com a minha imagem, querem fazer desaparecer o movimento indígena popular. Não fazem isso com as imagens do ditador Banzer e do neoliberal Víctor Paz”, afirmou.
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