Os indígenas do povo Guarani, da terra indígena do Jaraguá, em São Paulo estão acampados no terreno da TENDA, construtora que iniciou o processo de especulação imobiliária ao lado das aldeias Ytu, Pyau e Yvy Porã sem consulta prévia aos indígenas e cortou 4 mil árvores.
A legislação diz que qualquer empreendimento imobiliário que fica a menos de 8 quilômetros de uma aldeia indígena precisa ter um estudo de impacto sócio ambiental e sócio cultural com um componente indígena, para que a comunidade diga quais serão os impactos no terreno e seja respeitada a Convenção 169 da OIT.
A construtora tem um laudo da prefeitura para que pudessem cortar as árvores isoladas que não eram nativas. Mas foram cortadas espécies nativas e animais também foram encontrados mortos.
Os guarani fizeram uma cerimônia fúnebre onde as árvores foram destruídas e devem permanecer acampados no local da empresa TENDA até que seja solucionado o conflito. Eles também agendaram reuniões com órgãos responsáveis.
Para os indígenas, a terra é corpo, e matar a floresta assim, é ferir seus próprios seres. “Os indígenas chegaram ao ouvir o choro das árvores, e agora no luto do espírito da floresta estão resistindo para que essas atrocidades parem”.