Segundo comunicado emitido pela chancelaria, entrada do país no grupo visa aumentar pressão sobre a Venezuela
O governo da autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, que assumiu o cargo após o golpe de Estado que forçou a renúncia de Evo Morales, anunciou neste domingo (22/12) que o país ingressará no Grupo de Lima.
Em comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo comunicou “a entrada da Bolívia no Grupo de Lima” para contribuir com uma “solução pacífica” para a Venezuela.
“Assim, Bolívia contribuirá para alcançar uma solução pacífica, democrática e constitucional para a crise na Venezuela, que deve ser guiada pelo povo venezuelana”, diz a nota.
Formado em 2017 por iniciativa do governo peruano sob a justificativa “denunciar a ruptura da ordem democrática na Venezuela”, o Grupo de Lima é formado por 14 países, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, México, Canadá e Peru. Apesar de não integrarem oficialmente o bloco, os EUA participam dos encontros do bloco como ouvintes.
No início do ano, o grupo foi acusado pelo governo venezuelano de incentivar um golpe de Estado no país após o bloco anunciar que não reconheceria o próximo mandato do presidente Nicolás Maduro (2019-2025), vencedor das eleições de 2018. Além disso, o conjunto de países reconheceu o deputado de direita Juan Guaidó como autoproclamado presidente da Venezuela.