Proposta tem como ponto fundamental a convocação de um plebiscito para o dia 26 de abril de 2020
O Senado do Chile aprovou nesta quinta-feira (19/12) o projeto de reforma constitucional e deu sinal verde para o projeto que surgiu após as massivas jornadas de protestos contra o governo do presidente Sebastian Piñera. A proposta tem como ponto fundamental a convocação de um plebiscito para o dia 26 de abril de 2020, quando a população irá às urnas para se pronunciar sobre a nova Constituição e sobre o mecanismo para sua elaboração.
A reforma para o plebiscito precisava da aprovação de 29 senadores (dois terços da casa) e passou com 38 votos a favor e 3 contra, sendo de Alejandro Guillier (Independiente), Alejandro Navarro (Pais Progresista) e Kenneth Pugh (Independiente Chile Vamos).
Entretanto, as normas sobre participação de membros independentes, igualdade de gênero e assentos para povos originários não alcançaram o quórum necessário, já que necessitavam do voto de 25 senadores (três quintos). No entanto, foram 23 votos a favor e 14 contra na votação separada.
Quanto à queda das indicações, Quintana acrescentou que “quem está aqui continuará a impulsionar esse processo”, para incluir as questões de independência, igualdade de gênero e assentos para os povos nativos. Para a senadora Carolina Goic (DC), “hoje foi perdida a oportunidade de incorporar um salto qualitativo, incorporar mulheres e povos indígenas e o mundo independente, mas esperamos que agora à tarde a Câmara dos Deputados o aprove”.
De fato, na Câmara dos Deputados eles se ativaram de outra maneira e a Comissão de Constituição já enviou os projetos de lei que tratam dessas três áreas (participação de independentes, igualdade de gênero e assentos reservados aos povos indígenas), os quais ele serão vistos em uma sessão especial às 18h30.
Segundo o presidente do partido Renovação Nacional, apesar de alguns de seus deputados favorecerem a rejeição, existem votos necessários para aprovar a igualdade de gênero. Ele também disse para que se espere que a regra para facilitar a participação dos independentes “seja aprovada de forma transversal”.