Após dias de mobilizações, a pauta dos protestos agora se volta contra a violência da polícia, o assassinato de líderes sociais e a postura do governo diante das manifestações
Milhares de colombianos foram às ruas de várias cidades do país nesta segunda-feira (25/11) no 5º dia consecutivo de paralisações e protestos contra as privatizações e o pacote de medidas trabalhistas e previdenciárias do presidente Iván Duque.
Após dias de mobilizações, a pauta dos protestos agora se volta contra a violência da polícia, o assassinato de líderes sociais e a postura do governo diante das manifestações.
Em Bogotá, capital da Colômbia, a concentração começou no Parque Nacional e na avenida Villavicencio. Cerca de 200 pessoas começaram o ato por volta das duas da tarde.
Além disso, os estudantes das Universidades Distrital e Nacional ficaram o dia todo mobilizados e realizaram uma marcha pela avenida Caracas, carregando faixas e fazendo panelaço.
Mais cedo, a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) colombiana havia convocado marcha no país pelo Dia da Não Violência Contra as Mulheres e para mais um panelaço nas escolas e universidades públicas do país.
Duque responde
No domingo (24/11), o presidente da Colômbia anunciou o início de um diálogo a nível nacional para “escutar” a população colombiana. De acordo com o jornal El Tiempo, Duque começou a conversar com governadores e prefeitos de cidades e municípios do país.
Duque pretende estabelecer um plano de desenvolvimento e de apoio do governo nacional com as cidades e municípios.
“A conversa que queremos abrir é uma conversa absolutamente plural: para quem marchou, para quem não marchou, para a maioria silenciosa, para quem votou em você e para quem não votou em você, para quem votou em mim, para quem não votou em mim”, disse o presidente.
Segundo o governo da Colômbia, essas conversas se estenderão até 15 de março, e foram definidas seis linhas de discussão, contando com encontros com a população colombiana, encontro com setores sindicais e reuniões nas regiões do país.
O presidente anunciou que o primeiro assunto é sobre transparência e luta contra a corrupção, que tentaria acelerar garantias de um bom funcionamento de recursos públicos e privados. Logo em seguida estão na lista temas como educação, violência, biodiversidade e instituições estatais.